São Paulo – Márcio França, candidato do PSB à Prefeitura de São Paulo, disse que a vacina contra a Covid-19 “será obrigatória a toda pessoa de bom senso” e prefere pensar em medidas mais drásticas quando a vacina passar por todos os testes contra efeitos colaterais graves e que atestem eficácia. Ele afirma que quer contar também com uma avaliação do cenário da saúde na capital.
Assim que sair uma vacina confiável, França diz que colocará em prática um plano emergencial de vacinação em grande escala, que garantirá que a população de São Paulo seja imunizada.
“Temos que lembrar que, mais uma vez, a previsão sobre a disponibilidade da vacina foi adiada. É difícil contar com os ovos antes da galinha”, afirmou França ao Metrópoles.
Nesta terça-feira (20/10) o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, encomendou os ovos à galinha de qualquer forma. Em reunião com os 27 governadores das unidades da Federação, ele assinou protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac.
A Coronavac é a aposta do governador João Doria (PSDB), que pretende impor a vacinação à população. Antagonizando com Doria, Bolsonaro disse na manhã da segunda-feira (19/10) que a vacina contra o coronavírus “não será obrigatória e ponto final”, mas uma lei sancionada por ele mesmo em fevereiro permite a imposição da vacinação “para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”.
Entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo que já manifestaram sua posição em relação à compulsoriedade da vacina contra a Covid-19, Celso Russomanno (Republicanos) diz ser contrário à imposição e Bruno Covas (PSDB) acredita na adesão espontânea da maioria da população.
São favoráveis à imposição da vacina os candidatos Jilmar Tatto (PT) e Guilherme Boulos (PSol).
Segundo pesquisa da Real Time Big Data/CNN Brasil, divulgada na sexta-feita (16/10), quase metade dos brasileiros (46%) afirma que não tomaria uma vacina contra a Covid-19 de origem chinesa. No Sudeste, a rejeição à vacina sobre para 49%.
Fonte: Metrópoles