A equipe de transição do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, se mostrou diversa ao nomear várias pessoas LGBTQ em cargos estratégicos para supervisionar e revisar órgãos públicos do país.
A atitude de Biden, além de inclusiva, se mostra um claro recado anti-Trump. O presidente derrotado à reeleição, Donald Trump, em seu governo, proibiu pessoas trans de servirem nas forças armadas dos Estados Unidos, além de lutar na Justiça para autorizar a demissão de pessoas LGBTs das empresas sob alegação de “liberdade religiosa”. O novo presidente já prometeu revogar as medidas anti-LGBT de Trump assim que tomar posse.
Segundo noticiado pelo LGBTQNation, dentre os escolhidos do novo presidente está a veterana Shawn Skelly, escolhida como parte do grupo que avaliará o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Shawn Skelly, ex-assistente especial da Subsecretaria de Defesa para Aquisição, Tecnologia e Logística, já trabalhou como diretora do Gabinete da Secretaria Executiva do Departamento de Transporte durante o governo Obama, sendo a primeira pessoa trans a conseguir uma nomeação presidencial.
Dave Noble, que é um homem abertamente gay, ex-nomeado por Obama para a NASA, também foi escolhido por Biden para se juntar à equipe de transição. Ele fará parte do grupo de avaliação do estado da agência.
Já Chai Feldblum, uma mulher abertamente lésbica ex-integrante da Equal Employment Opportunity Commission foi escolhida para fazer parte da equipe de revisão do Departamento de Justiça, um departamento visado pela direita religiosa, que visava tomar conta da justiça do país durante a era Trump.
Um comunicado da campanha observa especificamente: “A equipe do Departamento de Justiça também analisará a Comissão Eleitoral Federal, a Comissão de Assistência Eleitoral dos EUA, a Comissão de Direitos Civis, o Conselho Nacional de Pessoas com Deficiência, o Conselho de Acesso dos Estados Unidos, AbilityOne, o Estado Justice Institute e Legal Services Corporation.”
“Nossa nação está lutando contra uma pandemia, uma crise econômica, chamadas urgentes por justiça racial e a ameaças existenciais da mudanças climáticas”, disse Ted Kaufman, co-presidente da equipe de transição. “Devemos estar preparados para uma transição que represente os interesses do país e do mundo.”
E completou: “O trabalho das equipes de revisão da agência é fundamental para proteger a segurança nacional, abordar a crise de saúde pública em curso e demonstrar que a América continua sendo um farol da democracia para o mundo.”
Vale lembrar que, ainda que Joe Biden esteja trabalhando no que pode pela transição de governo, a administração de Trump até agora se recusa a cooperar com a equipe de transição para garantir uma transição suave e democrática de poder.
Fonte: Põe na roda