Patricia Borges, 30 anos, registrou boletim ocorrência em São Paulo, nesta terça-feira (10), após ter sido agredida com mordidas e golpes de bastão de metal por apoiar a campanha de Erika Hilton (PSOL) a Câmara Municipal da cidade.
A vítima, que também uma mulher transexual, assim como a candidata, estava entregando panfletos na Avenida Paulista quando recebeu xingamentos discriminatórios e ataques físicos. Após o ocorrido, ela se dirigiu ao 78º Distrito Policial para denunciar LGBTfobia e lesão corporal leve. – Erica Malunguinho apresenta projeto para a retirada de estátuas de escravocratas em SP
Patrícia entregava panfletos ao lado de equipes de candidatos de outros partidos quando uma mulher reagiu agressivamente à sua abordagem. “A moça não quis pegar o panfleto e então eu reforcei: ‘olha, tem importância, é uma mulher trans, preta, travesti, vamos mudar a estrutura de poder’. Ela respondeu: ‘eu não, cambada de viado, tem tudo que morrer’. Ela se dirigiu dessa forma a mim e à Erika”, contou, em entrevista à Folha de São Paulo.
Ela diz que a agressora voltou pouco depois com um bastão de metal, que Patrícia identificou como sendo um “pau de selfie” e acompanhada de dois homens. Eles puxaram seu cabelo e a mulher bateu nela com a vara e a mordeu, detalha a vítima, que classifica a agressão como um ataque de “transfobia”. “A Erika já tem sofrido ataques há muito tempo. Minha agressão foi uma das coisas pelas quais temos passado. Ataques nas redes também. As pessoas não querem que uma travesti chegue ao poder”, disse. – Autores se demitem de editora de JK Rowling após empresa não se posicionar sobre transfobia
A candidata Erika Hilton
Segundo o advogado da vítima, Pedro Martinez, uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local interveio, mas não quis fazer uma prisão em flagrante. Eles pegaram os dados da agressora e informaram no boletim de ocorrência, com a expectativa de que seja chamada para depor.
Fonte: Hypeness