O que ritmos como rock, heavy metal, punk têm em comum, além da sonoridade? A relação com a saúde mental dos ouvintes! Uma pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) explorou a relação desses ritmos com o nível de bem-estar.
O estudo “Indirect effects of preference for intense music on mental health through positive and negative affect” foi publicado este mês na revista Psychology of Music.
A metodologia da pesquisa consistiu na aplicação de questionários, que foram distribuídos através das redes sociais. As perguntas utilizaram escalas para avaliar o nível de satisfação com a vida, afetos positivos e negativos, além de uma escala para medir a ansiedade e a depressão.
No total, o estudo contou com a participação de 268 usuários, na faixa etária de 18 a 63 anos.
O que foi descoberto?
“Nós concluímos que a preferência por ritmos musicais intensos, como o heavy metal, rock, punk, entre outros, pode influenciar a saúde mental, mas de maneira indireta, através dos afetos negativos, que são a tristeza, raiva, preocupação, etc. Ouvir música intensa frequentemente é um processo cumulativo que pode aumentar os afetos negativos e diminuir os afetos positivos, podendo ter repercussão na nossa saúde mental”.
Quem explica é o professor do Departamento de Psicologia da UFMT e um dos autores do estudo, Renan Monteiro.
Segundo ele, a ideia de fazer esse estudo surgiu diante do impasse existente na literatura sobre o papel da música na saúde mental: alguns estudiosos apontam influência, outros não.
A pesquisa foi publicada em revista internacional e conta com outros pesquisadores.
Também contribuíram para o trabalho o estudante de graduação em Psicologia da UFMT, Wilker Andrade, Carlos Pimentel, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Gabriel Coelho, da University College Cork, na Irlanda, e Roosevelt Vilar, da Massey University, na Nova Zelândia.
Fonte: O Livre