A jovem Cláudia Baccile contou à Agência Pública que foi isolada em um sítio para “casos perdidos”. O local é de propriedade da Igreja Batista da Lagoinha, igreja da ministra Damares e da cantora Ana Paula Valadão.
Desde os 5 anos de idade, Cláudia se reconhece como lésbica, mas não havia de relacionado com mulheres até se apaixonar por uma aluna do Centro Ministerial Diante do Trono, uma espécie de faculdade da música gospel.
Ela deixou a família, em Brasília (DF), para praticar “louvor e adoração” com as estrelas do grupo Diante do Trono, incluindo Ana Paula Valadão.
Os treinamentos eram pagos e os candidatos tinham de passar por um processo seletivo onde deveriam preencher um formulário, que dentre outras coisas, exigia um relato de possíveis experiências homossexuais.
” O pastor líder disse que o nome do ministério não podia ser associado a pessoas como eu”, relembrou a jovem.
Ela relata que passou por uma sequência de experiências traumáticas no ambiente religioso. Para “curar” a homossexualidade, Cláudia conta que foi isolada em um sítio e submetida a exorcismos e sessões de terapia com psicólogos da própria Igreja Batista da Lagoinha.
Aos 30 anos, a moça é casada com uma mulher, mas ainda convive com sequelas do sofrimento ao que foi submetida. A musicista caiu em uma depressão profunda e chegou a ser internada com múltiplas infeções. Ela ainda toma antidepressivos e ansiolíticos.
Fonte: Metrópoles