Um jovem negro foi espancado por seguranças do supermercado Guaicuí, na cidade de Várzea da Palma, em Minas Gerais. Alex Júnior Alves de Souza, de 28 anos, foi falsamento acusado de ter furtado o estabelecimento e uma cliente que filmava a ação violenta da loja foi impedida de registrar o ato de racismo da loja.
Mais um homem negro espancado em um supermercado; comparação com o assassinato de João Alberto no Carrefour de Porto Alegre é inevitável
Em um caso que lembra muito o assassinato de João Alberto em um Carrefour de Porto Alegre, Alex Alves ficou desfigurado depois de ser acusado de ter roubado um produto da loja. Um segurança acusou o jovem de ter roubado uma botina, ele negou. Então, o dono do estabelecimento chegou armado na cena e o jovem começou a ser espancado. – Mulher que deu show de homofobia em padaria e o privilégio branco que João Alberto não teve no Carrefour “Me pegou, deu porrada na boca do estômago, na boca, enquanto eu estava no chão, os dois me chutaram. O pessoal que estava dentro lá na hora, o pessoal ouviu eu falando que eu não estava errado e que eu ia provar que estava certo”, disse Alex em vídeo que circula nas redes sociais.
“Estou aqui no pronto socorro me recuperando das lesões causadas devido ao tratamento com racismo que puseram a minha pessoa. Me chamando de negro ladrão… Me arrastaram e fizeram isso comigo. Espero que não fique sequela nenhuma, porque apesar de não parecer a situação tá um pouco crítica”, afirmou o jovem. -Racismo: assim como Emily e Rebecca, as 12 crianças mortas baleadas no RJ eram negras Outro vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher sendo impedida de gravar as cenas de violência. É possível ouví-la dizendo “Hoje em dia tem que filmar tudo, matam a pessoa fácil, fácil.. Você não pode fazer isso, matou o cara do Carrefour desse jeito”.
Alex já fez um depoimento à polícia de Várzea de Palma. O supermercado ainda não se posicionou sobre a violência racista cometida por seus seguranças.
Fonte: Hypeness