A vacina contra o Covid-19 da Pfizer e BioNTech foi aprovada no Reino Unido e imunização em massa começa na próxima semana. Esse foi o anúncio feito pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, que classificou a notícia como “fantástica”.
Já o plano de vacinação brasileiro não prevê o uso de imunizantes que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento, como é o caso do da Pfize. A aprovação ocorreu nesta, nesta quarta-feira (2), de acordo com o G1. “No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas contra Covid-19 aqui neste país”, disse Hancock à rede Sky News. – Coronavírus: responsável por vacina da Pfizer, cientista diz que vida volta ao normal em breve.
Para primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, a aprovação da vacina vai resgatar vidas e a economia do país – que tem 59.148 mortes pela Covid-19, o maior número da Europa. “É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu o premiê britânico no seu perfil no Twitter. Ainda este ano, um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde britânico e os profissionais da saúde deverão estar entre os primeiros a serem vacinados, assim como idosos e pessoas vivendo em casas de repouso, incluindo funcionários. Devido às suas condições de armazenamento, a vacina deve ser mantida a -70°C – as campanhas de vacinação serão feitas em hospitais. – Bolsonaro nega anúncio de vacina do Ministério da Saúde: ‘Não compraremos vacina da China’
Enquanto isso, no Brasil, o Ministério da Saúde disse, na terça-feira (1º), que o plano de imunização do país não prevê o uso de vacinas que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento, como é o caso da desenvolvida pelas farmacêuticas. A vacina da Pfizer/BioNTech é uma das quatro que estão sendo testadas no Brasil. O país ainda não fez acordo para adquirir a vacina, mas, em meados de novembro, o governo recebeu executivos da Pfizer para, segundo o Ministério da Saúde, “conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório”. – Falta de seringas para vacina contra coronavírus é risco apontado pela UE
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o governo quer um imunizante que possa ser armazenado em temperaturas de 2ºC a 8ºC, pois essa é a temperatura da rede de frio usada no sistema de vacinação brasileiro. – Reinfecção por Covid-19 mais grave que 1ª e pausa em testes de vacina por doença inexplicável preocupam na corrida pela imunidade
Marco – Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, em entrevista à GloboNews, a aprovação desta vacina é um marco na história do desenvolvimento de vacinas. Pois, é a primeira do tipo genético a entrar no mercado. Porém, reconheceu que tanto o armazenamento como o transporte do imunizante ainda são desafios. “Uma das limitações é o transporte, por conta do congelamento, mas o fabricante tem estudado alternativas, com gelo seco, em que ela pode ficar fora de freezers por até 15 dias”, disse ele, apontando ainda, que o preço também pode ser um impeditivo para a aplicação em massa no Brasil – ele estima que a vacina da Pfizer seja até 5 vezes mais cara que a de Oxford, que será produzida em solo brasileiro pela Fiocruz. – Coronavírus: novo sintoma de covid-19 está associado com inflamação nos pés, diz estudo
A Pfizer e BioNTech anunciaram, no início de novembro, que sua vacina candidata tem eficácia de 95% na prevenção da Covid-19, de acordo com dados iniciais do estudo da terceira e última fase de testes, que ainda não foram publicados em revista científica. Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que 95% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença. Produção – Conforme informações da Pfizer está prevista a produção até 50 milhões de doses de vacina em 2020 para todo o mundo, e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021. Em julho, os Estados Unidos fecharam acordo com os laboratórios para comprar 100 milhões de doses ainda este ano, pelo valor de US$ 1,95 bilhão (cerca de R$ 10,1 bilhões). – Coronavírus causa doença mental em 1 a cada 16 pacientes até 3 meses após infecção, diz estudo
Na terça-feira (1º), a Pfizer pediu autorização para uso de sua vacina contra a Covid-19 na Europa. A decisão deve sair até 29 de dezembro. Brasil anuncia as quatro fases de vacinação – O Ministério da Saúde anunciou, por meio de nota, nesta terça-feira (1º), segundo matéria do UOL, que a vacinação no Brasil ocorrerá em quatro fases. O Ministério determinou que profissionais da Saúde, idosos a partir de 75 anos, população indígena e quem tem mais de 60 anos e vive em asilos ou instituições psiquiátricas serão os primeiros imunizados contra o Covid-19. Porém, não divulgou a data de início, mas a previsão é entre março e junho de 2021. Saiba quais são as quatro fases da vacina no Brasil:
Primeira fase
Profissionais da saúde, idosos a partir de 75 anos, população indígena e quem tem mais de 60 anos e vive em asilos ou instituições psiquiátricas
Segunda fase
Pessoas de de 60 a 74 anos
Terceira fase
Pessoas com doenças que elevam o risco de agravamento da Covid-19, como as doenças cardiovasculares
Quarta fase
Professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade.
– Sintomas de Covid-19 duram meses para alguns pacientes; entenda porquê A imunização se dará por meio de duas doses, conforme acordos já garantidos pelo governo brasileiro para obter a vacina: pela parceria Fiocruz, Universidade de Oxford e AstrZeneca e ainda por meio da aliança Covax Facility, um pool para acelerar o desenvolvimento e distribuição das primeiras vacinas comprovadamente eficazes (hoje, existem nove candidatas a vacina listada na aliança).
Fonte: Hypeness