A produtora Naiara Albuquerque sofreu um episódio de racismo na loja Lool do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Ela buscava um figurino para Taís Araujo, que utilizaria peças da marca na produção ‘Aruanas‘, da Globo. Entretanto, a jovem foi impedida de entrar na grife de luxo por vendedoras da marca e o caso gera polêmica.Loja Lool
Loja Lool é acusada de racismo; produtora negra foi orientada a sair da loja enquanto clientes brancos eram atendidos livremente por vendedoras“Eu me apresentei, falei o que eu estava fazendo ali, falei meu nome, falei quem eu era e imediatamente ela pediu para que eu saísse da loja porque ela tinha outra cliente para atender. Ela estava no meio de um atendimento, ela estava sozinha e [perguntou] se eu poderia voltar daqui 15 minutos. Eu achei que era um procedimento por conta da pandemia”, contou Naiara ao G1. – Demissão de funcionária provoca enxurrada de denúncias de abuso contra grife de moda Depois, a produtora de moda percebeu que pessoas não-negras estavam sendo atendidas normalmente. As próprias clientes da loja se sentiram incomodadas com a postura das vendedoras. “Foi lamentável, primeiro me senti envergonhada, porque as ações aconteceram na frente de duas clientes. Depois, o sentimento é de impotência, de raiva”, disse ao Universa.A advogada defende que o caso seja exposto nas redes sociais para revelar uma das chagas do racismo estrutural no Brasil. “Com a exposição, mais pessoas entendem que isso não pode acontecer com nenhuma pessoa negra, independentemente da sua classe social. Somos mais de 54% da população. Não inventamos o racismo, mas somos nós que enfrentamos situações assim todos os dias. Que sirva de exemplo para outras instituições, que nossas vidas têm valor e sejamos tratadas com dignidade em quaisquer lugares nos quais desejemos estar”, disse.
Segundo a empresa, a marca promove a diversidade e a dona da loja ligou para Naiara para pedir desculpas.Fonte: Hypeness