O YouTube anunciou nesta quarta-feira (13/1) que decidiu suspender temporariamente as atividades do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na plataforma. O mandatário ficará impedido de enviar novos vídeos ou fazer transmissões ao vivo por pelo menos sete dias.
A empresa citou preocupações com o potencial contínuo de violência. Na semana passada, incentivados por Trump, partidários invadiram o Capitólio dos EUA e atrapalharam o processo de certificação de Joe Biden, que toma posse no próximo dia 20.
“Após análise, e à luz das preocupações sobre o potencial contínuo de violência, removemos o novo conteúdo enviado ao canal de Donald J. Trump por violar nossas políticas. Agora, ele tem seu primeiro aviso e está temporariamente impedido de enviar novo conteúdo por um mínimo de sete dias.”
O canal segue no ar – no entanto, os comentários de usuários foram desativados indefinidamente, além do impedimento de publicação de novos vídeos.
A suspensão ocorreu após comentários que Trump fez em uma entrevista coletiva, transmitida na plataforma na manhã dessa terça-feira (12/1).
A decisão do YouTube segue a de outras mídias sociais, como Twitter, Facebook e Instagram. As empresas impuseram restrições à conta do mandatário norte-americano depois de as declarações do republicano impulsionarem a invasão ao Capitólio.
Antes desse episódio, o republicano fez postagens no Twitter e em outras redes sociais em que defendia o protesto realizado em Washington. Ele alega, sem provas, fraude no processo eleitoral que deu vitória ao adversário. Depois, pediu que o grupo respeitasse a lei e recuasse.
Como resultado do confronto, cinco pessoas morreram, incluindo um policial do Capitólio, e mais de 90 foram presas.
Depois de ser bloqueado nas redes sociais, Trump passou a propagar o uso do Parler, rede social utilizada por personalidades da direita.
Ao contrário de medidas adotadas pela maioria das redes sociais, o Parler não aplicou restrições ao presidente dos EUA.
No entanto, Google e Apple excluíram a rede social das lojas de aplicativos, e a Amazon suspendeu o serviço de hospedagem a partir da meia-noite de domingo (10/1). O site está indisponível.
Fonte: Metrópoles