A nomeação do psiquiatra Rafael Bernardon Ribeiro por parte do Ministério da Saúde tem causado polêmica. Defensor de terapias com eletrochoque, ele ocupará o cargo de coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. A notícia foi publicada no Diário Oficial da União e assinada ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta quinta-feira (18).Segundo apuração da Folha de São Paulo, Ribeiro atua em tempo integral como diretor técnico do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). – Bolsonaro nega anúncio de vacina do Ministério da Saúde: ‘Não compraremos vacina da China’Ele também foi como assessor técnico na área de Saúde Mental do governo de São Paulo de abril de 2012 a dezembro de 2018. Além disso, foi coordenador adjunto na Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da pasta de novembro de 2017 a julho de 2018.Em uma entrevista feita ao Canal da Psiquiatria, em 2013, Ribeiro disse que o tratamento com eletroterapia havia virado o seu mantra. “A eletroconvulsoterapia é um tratamento utilizado na medicina desde 1938, ele persiste justamente por ser muito bom. Tem uma resposta na ordem de 90%, o paciente tem algum benefício em 9 a cada 10 casos tratados”. O método é indicado em quadros de depressão grave, risco de suicídio iminente, transtorno bipolar, forma catatônica da esquizofrenia, casos em que o paciente não responde às medicações ou não pode ingeri-las. O CFM (Conselho Federal de Medicina), regula o uso da eletroconvulsoterapia desde 2002 no país. Pazuello ainda não se pronunciou sobre o método de preferência de seu novo nomeado.Fonte: Hypeness