Rio de Janeiro – O vocalista do grupo de pagode Molejo, Anderson Leonardo, divulgou uma nota, na noite de quarta-feira (3/2), se defendendo das acusações do cantor e dançarino Maycon Douglas Pinto Adão, o MC Maylon, de 21 anos, de que teria estuprado o jovem. Segundo afirmou Maylon ao G1, o crime aconteceu em dezembro do ano passado, num hotel em Sulacap, zona oeste do Rio de Janeiro.
“Hoje, eu estou muito mais forte pra falar. Ele era um cara que eu chamava de pai, de padrinho”, contou ao G1, referindo-se ao vocalista Anderson Leonardo.
Em nota divulgada também na noite de quarta-feira, em uma rede social, a assessoria de Anderson Leonardo disse “que os fatos publicados não são verdadeiros” e que “em mais de 30 anos de vida pública, jamais tivera seu nome ligado a qualquer ato criminoso ou que viesse a desabonar ou macular a sua imagem e carreira, seja de sua vida profissional ou pessoal”.
Boletim de ocorrência
As informações do registro de ocorrência feito por Maylon na 33ª DP (Realengo) foram antecipadas pelo colunista Alessandro Lo-Bianco, do portal TV Prime.
A suposta vítima diz, no boletim de ocorrência, que no dia 11 de dezembro saiu de casa para encontrar-se com Anderson, com quem conversaria “sobre a sua carreira artística” num clube na Taquara, zona oeste do Rio. Lá chegando, ele conta que foi até o carro de Anderson, um Range Rover verde.
O teor da conversa, diz ele, foi acerca de um fato que teria acontecido dias antes. Maycon teria avisado à mulher de Anderson que, durante uma de suas performances, havia danificado uma bota que lhe pertencia.
O vocalista do Molejo não teria gostado do contato direto com sua esposa, e, segundo as palavras do denunciante, enfurecido, teria decidido aplicar-lhe um castigo de um mês e cinco dias sem poder participar de eventos patrocinados por ele.
Após avisar sobre o castigo, o músico, então, teria dito: “Vamos para algum lugar comer alguma coisa e a gente faz a reunião, filho”.
Reunião no motel
As informações ainda apontam que Anderson, então, teria dirigido até a Estrada do Catonho. Nesse momento, MC Maylon diz ter sido surpreendido quando o pagodeiro entrou num motel, que fica na via, na altura de Sulacap.
Ele diz que, ao perceber seu constrangimento, o pagodeiro teria dito: “Calma, é uma reunião sigilosa que pode mudar sua carreira”.
A suposta vítima conta ainda, no boletim, que, ao chegar ao motel, Anderson Leonardo, então, teria dado as chaves do quarto para que ele abrisse a porta, o que foi negado. Em seguida, ele mesmo teria aberto a porta, e forçado Maycon a desligar e largar o celular. Ele teria voltado a afirmar: “Calma, que é uma reunião!”.
Nota de Anderson Leonardo na íntegra:
“O cantor [Anderson Leonardo] foi surpreendido, assim como todos, com o que foi veiculado na imprensa na data de hoje, não tendo qualquer conhecimento acerca do publicado em redes sociais ou mesmo em sede policial, vez que não foi intimado para prestar quaisquer informações, pelo que, não teve nem mesmo ciência do que consta do registro de ocorrência.
Esclarece ainda que lamenta profundamente as declarações envolvendo seu nome, refutando qualquer ato de violência contra quem quer que seja, negando categoricamente à acusação completamente falsa de agressão sexual feita em seu desfavor.
Ressalta, outrossim, que em mais de 30 anos de vida pública, jamais tivera seu nome ligado a qualquer ato criminoso ou que viesse a desabonar ou macular a sua imagem e carreira, seja de sua vida profissional ou pessoal.
Informa também que conhece a suposta vítima, mas jamais praticou os atos veiculados na imprensa, inclusive, tem conhecimento que a suposta vítima já esteve presente em diversas apresentações artísticas do Cantor, em ocasiões posteriores à falaciosa alegação, o que demonstra, claramente, que a narrativa publicada nunca ocorreu.
Assim, o cantor esclarece, por meio de sua assessoria, que os fatos publicados não são verdadeiros, repudiando veementemente os profissionais que praticam o jornalismo inverídico, sensacionalista e desarrazoado.”
Fonte: Metrópoles