O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a criticar o lockdown como medida para combater a disseminação da Covid-19. Na noite desta quarta-feira (3/3), em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo federal expôs que considera a medida, adotada por vários estados, “um festival de absurdos”.“No que dependesse de mim, nunca teríamos lockdown, nunca. É uma política que não deu certo em lugar nenhum do mundo, disse o presidente, no dia em que o Brasil bate novo e trágico recorde de 1.910 mortes por Covid-19 no espaço de 24 horas.Na contramão do que países como Alemanha, Nova Zelândia e Reino Unido fizeram – recorreram novamente ao lockdown -, Bolsonaro disse aos apoiadores que vários estados dos EUA anunciaram que não adotam mais a prática. “Mas não quero polemizar esse assunto aí não. Não aguenta mais lockdown”, ressaltou.“O cara quando fecha uma empresa com 10, 12 tem que mandar embora, dificilmente arranja emprego novamente e fica uma família para trás. Tem alguns [estados] que proíbem o cara de ir na praia. A praia é um lugar do cara pegar vitamina D, que ajuda a resistir ao Covid. O cara tira da praia”, reclamou o presidente.“É um festival de absurdos, mas a decisão disso tudo está nas mãos de prefeitos e governadores, de acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal”, completou, citando equivocadamente a decisão do Supremo, que decidiu que a União não poderia interferir nas medidas dos estados e municípios de combate à Covid-19, mas não isentou o governo federal de adotar e apoiar tais medidas.Fonte: Metrópoles