O escritor Chris Moore revelou que foi diagnosticado com polipose adenomatosa, uma doença genética que fez com que ele desenvolvesse pólipos pré-cancerosos no intestino grosso e no reto. Ele é gay, mas por conta desse diagnóstico não pode ser passivo durante o sexo para não sofrer uma hemorragia e ter o reto descolado do intestino.
O desabafo é narrado por ele no livro Gut Feeling (literamente, sentimentos intestinais e que no inglês significa pressentimentos). Em entrevista ao PinkNews, ele conta que aos 11 anos percebeu que gostava de garoto e poucos meses depois recebeu o diagnóstico da doença.
“Quando foi feita a colonoscopia, veio o diagnóstico de que eu precisaria remover meu cólon, o que eu fiz aos 13 anos”, relembrou Chris. Mas esse era apenas o início do processo que impediria de ser passivo. “Foi necessário começar a retirar o revestimento do meu reto quando eu tinha 17 anos. Fiquei me perguntando o que isso significava para mim. Eu não tinha me assumido. Passei muitos anos entre cirurgias tentando entender o que significava ser gay e aceitar isso”.
Ele conta que enfrentou dois desafios, o de lidar com a doença e o de não poder se entregar ao desejo sexual de forma completa. “Lembro-me de falar com minha mãe e de ser encaminhado até a enfermeira, que me disse que, se eu fosse gaym nunca seria capaz de ser passivo quando se tratasse de sexo anal. Se o fizesse, teria uma hemorragia e possivelmente morreria, isso porque isso desalojaria os pontos que prendem o intestino delgado ao que sobrou do reto”.
Ele já se entendia gay, mas ainda não havia ficado com outros rapazes. Hoje ele é ativo, mas lamenta ter o poder de escolha. “”A escolha foi tirada de mim. Então, eu nunca saberei realmente quais seriam minhas preferências sexuais, mas parte de mim acredita que eu seria versátil.”, conclui.
Fonte: Põe na roda