Illya Ivanovich Ivanov foi um biólogo russo nascido em 1870 que, na idade adulta, obteve reconhecimento no campo da inseminação artificial. Por ter chegado ao sucesso, ele resolveu procurar outros desafios e pegar espermas de animais em diferentes espécies, até chegar na ideia de um chimpanzomem.
Ivanov era muito bom em extrair e implantar sêmen de cavalo e podia inseminar 500 éguas com o sêmen de apenas um garanhão. Portanto, ele começou devagar com a ideia da hibridização criando uma mistura de zebra com burro, um rato-rato (autoexplicativo), um rato-cobaia e mais algumas abominações feitas de antílope e vaca.
A tentativa de criação do híbrido chimpanzomem
Em 1910, o cientista disse a um grupo de zoólogos que pensava que seria possível criar um chimpanzomem, frequentemente conhecido como “humanzee”. Na época, era apenas hipotético, como os biólogos de hoje adivinhando a forma dos alienígenas ou astrônomos sugerindo uma data para o telescópio espacial James Webb ser lançado.
Sua chance veio após a Revolução Russa de 1917, enquanto trabalhava no Institut Pasteur. Então, em 1924, ele teve a oportunidade de trabalhar com a hibridização: foi autorizado o acesso a todos os chimpanzés de uma instalação na Guiné Francesa. Assim, Ivanov recebeu US$ 10.000 da Comissão Financeira Soviética para realizar o seu trabalho.
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Em seu discurso, ele enfatizou que se tratava de um experimento para provar a teoria de Darwin sobre o quanto somos parentes dos macacos, um golpe contra a religião. Porém, também é possível que o governo bolchevique estivesse interessado em mostrar o que poderia ser alcançado com a genética e que se encaixava na ideia de “eugenia positiva”.
Nas instalações, ele transferiu sêmen de um animal para outro. Em 1926, ele e Serge Voronoff transplantaram um ovário humano em um chimpanzé, antes de tentar inseminá-la com esperma humano, sem sucesso. Dando continuidade, Ivanov implantou esperma de chimpanzés em mulheres africanas sem seu conhecimento.
Concluindo, não satisfeito, recrutou mulheres soviéticas dispostas a participar do experimento. Antes de encontrar uma nova tentativa para gerar um chimpanzomem, ele foi exilado pelo governo e morreu logo depois.
Fonte: SoCientífica