Robinho foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça da Itália. A decisão da Corte de Apelo de Milão (equivalente ao Supremo Tribunal Federal), oficializada na terça-feira (9), citou um “particular desprezo em relação à vítima, que foi brutalmente humilhada” por parte do condenado, o ex-jogador Robinho. A corte italiana também alegou tentativa de “enganar as investigações oferecendo aos investigadores uma versão dos fatos falsa e previamente combinada” e reforçou a impossibilidade de defesa da vítima. A partir de agora, a defesa de Robinho deve apresentar recurso na Corte de Cassação, a terceira instância da Justiça italiana. Os advogados do jogador têm 45 dias para recorrer, o que, segundo eles, irá acontecer.
Extradição de Robinho
Além de Robinho, Ricardo Falco, que é amigo do jogador, também participou do crime contra uma jovem albanesa com 23 anos então. Ele teve prisão confirmada pela Justiça, que já havia proferido a sentença de ambos em dezembro e apenas formalizou a condenação. O estupro aconteceu em 2013, em uma boate em Milão. Robinho, então jogador do Milan, e mais quatro pessoas, três delas não identificadas pela Justiça da Itália, violentaram uma mulher embriagada. Especialistas em direito dizem que são baixas as possibilidade de Robinho ser extraditadfo. A Constirtução Federal, no inciso LI, do artigo 5º, diz que “nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei”. Assim, a única alternativa para a prisão de Robinho seria que ele fosse detido em uma cela em território brasileiro. Algo pouco provável, de acordo com especialistas. A Lei de Migração (13.445/17), contudo, prevê nos artigos 100 a 102 a transferência de execução de pena para os casos em que a extradição não é possível devido à nacionalidade.
Fonte: Hypeness