Rio de Janeiro – Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida relatou, em carta de 29 páginas escrita no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, onde se trata de Covid-19, um episódio em que o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), chamou o menino Henry Borel Medeiros de “bobalhão”.Segundo a professora, em janeiro, enquanto cozinhava o jantar da família, Jairinho chegou do trabalho por volta das 19h. Henry estava na sala vendo televisão.“Henry veio correndo até a cozinha, uns 15 minutos depois que Jairinho chegou, dizendo que o tio tinha dado uma ‘banda’ (rasteira) nele e uma ‘moca’ (cascudo)”, lembrou a mãe.“Fui até a sala perguntar o que tinha acontecido e Jairinho disse que ele era um ‘bobalhão’, que segurou ele pelos braços brincando e passou a perna, mas que Henry nem caiu, pois ele estava segurando-o. Aí Henry disse para ele que iria contar para mim e ele deu uma ‘moca’ brincando e disse para Henry parar de ser ‘bobalhão’, que era só uma brincadeira”, contou Monique.Ainda de acordo com a mãe da criança, ela pediu para que Jairinho pedisse desculpas ao menino e nunca mais o chamasse de “bobalhão”.“Não vi como algo maldoso, era brincadeira de menino, mas meu filho não estava acostumado com isso”, relatou Monique, que está presa desde o último dia 8, acusada de envolvimento na morte de Henry.Em nota, o advogado de defesa de Jairinho, Braz Sant’Anna, afirmou que a carta da mãe de Henry trata-se de “uma peça de ficção”.“Sem falar sobre a tese da defesa, o que somente farei após a denúncia, posso adiantar que a carta da Monique é uma peça de ficção, que não encontra apoio algum nos elementos de prova carreados aos autos”.Fonte: Metrópoles