
A Salon Line lançou a campanha “Meu Liso é Papo Reto”, com enfoque em produtos para cabelos lisos. A empresa de cosméticos utilizou o rap como forma de expressão musical da propaganda, que mescla entre modelos mulheres negras, indígenas e amarelas para falar sobre o cabelo liso. Entretanto, o tom do comercial é estranho e parece exigir respeito ao cabelo liso. – Youtuber transforma racismo em empoderamento com ajuda de marca de cosméticos
Claro que precisamos lembrar que o cabelo liso não é uma exclusividade da branquitude. Pessoas asiáticas e indígenas – como a própria Katú Mirim, que estrela a campanha -, também têm cabelo liso e uma estética fora do padrão. – ‘BBB’: desabafo de João sobre cabelo é ferida aberta do racismo. E há quem não entenda O assunto rendeu nas redes sociais:
1.
E qual é exatamente o problema? Sendo que o rap foi feito por uma mulher indígena? Cabelo liso virou exclusividade de branco desde quando? Não custa nada sentar um minuto e pesquisar pra entender que o peso de uma textura de cabelo numa raça e em outra são totalmente diferentes. https://t.co/iPeKyb0LTf
2.
Entretanto, não é possível comparar as dores das pessoas pretas com cabelo crespo às dores do cabelo liso. O cabelo liso é o padrão que dita o consumo. Ele merece respeito, claro, como todos os cabelos, mas o tom “empoderador” da campanha da Salon Line parece fora do tom para muitas pessoas pretas nas redes sociais.
– Racismo: modelo diz que sentiu medo após cabeleireiro associar cabelo crespo ao estupro Confira o vídeo da campanha:
“É muito importante que uma marca gigante como a Salon Line defenda a beleza plural de todo mundo, crespos, cacheados, lisos ondulados. Porém essa defesa não pode ser feita usando nossos símbolos, como nossa música (rap) e nossos discursos. Cabelo liso é padrão, que inclusive foi imposto a nós crespas há anos e finalmente nos livramos. Respeitem a nossa identidade.”, afirmou Silvia Nascimento, colunista do site Mundo Negro.
Fonte: Hypeness





