A inglesa Laura Windsor, de 28 anos, encontrou uma promoção para retirada de pintas em uma clínica de estética perto de casa e decidiu remover um sinal das costas, que tinha há anos. Em menos de 15 minutos, ela passou pelo procedimento e, em seguida, foi assistir a um jogo de hockey no gelo com amigos.
O local onde ficava a pinta começou a sangrar muito e Laura procurou uma ambulância no estádio, onde um paramédico trocou-lhe o curativo. Quando ela chegou em casa, a gaze estava encharcada de sangue — para dormir, ela deitou em cima de uma toalha de banho, esperando que o sangramento parasse. No entanto, acordou no meio da noite em uma poça de sangue e decidiu ir ao hospital na manhã seguinte.
Laura conta que deve ter perdido cerca de meio litro de sangue durante a noite. Ela teve que esperar 5 horas até ser atendida por um médico e, nesse tempo, os enfermeiros trocaram a gaze do curativo 16 vezes.
“O médico estava chocado, não tinha nenhuma explicação e nem investigou o caso. Ele deu dois pontos na ferida e disse que devia ser o suficiente para resolver o problema”, conta a mulher em entrevista ao Daily Mail.
A ferida continuou sangrando, e Laura voltou ao profissional que retirou a pinta. Ele deu mais dois pontos no local, o que finalmente parou o sangramento, e sugeriu que ela procurasse seu médico para um exame de sangue, suspeitando que o sangramento fosse um caso de hemofilia.
O sangramento parou, e o médico recusou o exame, já que não há casos da doença na família da britânica. Ela deixou de se preocupar e, cinco meses depois, voltou à clínica para tirar um cisto no braço.
“Eu já tinha ele há uns seis anos e estava ficando maior”, lembra. O profissional responsável deu quatro pontos para evitar novos sangramentos, mas quando Laura chegou em casa, o curativo estava encharcado de sangue novamente.
Assustada, ela voltou à clínica, onde recebeu mais 11 pontos na ferida e uma recomendação urgente para exame de sangue com teste para hemofilia, desordem na formação de plaquetas e problemas no fígado.
No dia seguinte, ela foi diagnosticada com trombocitemia, um tipo de câncer raro no sangue que provoca a formação de plaquetas em excesso — enquanto uma pessoa normal tem entre 150 e 500 plaquetas por litro de sangue, ela tinha 7.428. O excesso de plaquetas provoca problemas de coagulação sanguínea.
“O médico disse que nunca viu um número tão alto de plaquetas, e que eu tinha muita sorte de não ter tido um derrame ou ataque cardíaco. Ele me disse que não é uma doença fatal, mas precisa de tratamento imediato”, conta Laura.
Ela ficou uma semana internada no hospital até o número de plaquetas ser controlado, e agora toma remédios semanalmente para garantir que as células não voltem a se desenvolver desordenadamente.
Fonte: Metrópoles