Em uma conversa com Pocah, o sertanejo Rodolffo falou sobre o respeito as minorias e o entendimento de pautas como racismo, homofobia e machismo no interior do país. Ele defendeu que é preciso ter paciência ao falar sobre esses assuntos com pessoas de lugares mais afastados.
“Tem cinco amigos meus que nunca moraram numa capital, que ainda moram no interior. Você sai de lá vomitando de machismo, de racismo, de homofobia. Tô te falando sério. O Brasil, no interior, ainda é muito sem informação. As pessoas precisam ter uma paciência muito grande pra ensinar a galera do interior e a galera que tá vindo”, disse Rodolffo.
O brother continua sua justificativa que ninguém acredita: “Tenho amigos meus, da mesma idade minha, que eu já superei muitas coisas de racismo, de homofobia e de machismo que ainda estão encravados neles porque eles ainda estão morando no interior e têm menos informações que a gente que tá na rua, morando numa capital e rodando”.
A funkeira afirmou que também convive com pessoas que têm certa dificuldade com esse tipo de pauta da “era atual”. Rodolffo aconselhou a cantora a ensinar sem repreender. “Não pode repreender, Pocah, precisa ensinar de forma inteligente”.
“Eu não posso enfiar na sua goela, eu não sou esse tipo de pessoa […] Quando eu vejo que é intencional, não é sem querer, aí sim eu me armo todinha e não quero saber”, rebateu a sister.
Pocah encerrou o assunto falando dos preconceitos que já sofreu. “Quando eu te falei que o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo… Eu já perdi muitos amigos. Então, roupa não define gênero, homem usar vestido… Eu uso roupa masculina, eu gosto. Quando eu comecei a cantar, inclusive, eu sempre vesti roupa… Eu gostava de usar calça largona e aí me tachavam de masculina. Falavam que eu era lésbica. Eu não me enquadrava no padrão de funkeira”
Fonte: Põe na roda