A morte cercada de mistérios do psicopata Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, completou uma semana nessa segunda-feira (5/7) e ainda há muitas perguntas que precisam ser respondidas para que o quebra-cabeças composto por assassinatos, invasões, roubos e estupros seja resolvido. Entre elas, de onde vieram os R$ 4,4 mil em espécie encontrados com o maníaco e quem seriam os supostos comparsas que apoiaram o criminoso na chacina cometida contra a família Vidal, em 9 de junho.Até o momento, a Polícia Civil goiana suspeita de que Lázaro faça parte de uma rede criminosa que cometeria assassinatos por encomenda e faturaria eliminando pessoas envolvidas em disputas de terras e especulação imobiliária nas regiões de Águas Lindas e Cocalzinho, em Goiás. Políticos locais, empresários e fazendeiros são investigados por suposta participação no esquema.As autoridades não citam nomes de suspeitos e as apurações seguem em sigilo, no entanto, uma das linhas de investigação é usada para esmiuçar a relação entre Lázaro e o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, que deu guarida para o maníaco durante cinco dias, fornecendo comida e abrigo.Pistoleiro
Antes de Lázaro morrer em confronto com uma equipe da Polícia Militar goiana, o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, chegou a afirmar que as investigações apontavam para a possibilidade de Lázaro agir como jagunço e segurança. “Um executor de ordens”, disse. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), também falou na mesma linha: “Ele não é um lobo solitário. Tem uma quadrilha por trás”.Depoimentos prestados à Polícia Civil do DF (PCDF) por testemunhas durante as investigações da morte da família Vidal, em 9 de junho, no Incra 9, em Ceilândia, já indicavam que Lázaro não agia sozinho. Uma pessoa que teve a chácara invadida em 17 de maio no DF contou que o psicopata chegou a se desculpar, “dizendo que tinham encomendado uma cabeça, mas que ele havia entrado na casa errada”.Investigações
Há oito inquéritos abertos em Goiás sobre crimes praticados por Lázaro. O matador teria mais de 30 delitos nas costas – entre os quais, homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), assaltos e estupros.Outros sete inquéritos foram abertos pela PCDF por roubo, homicídio e estupros. Cinco são de 2021 e um de 2009. Todos em Ceilândia, região em que o psicopata morava com a mulher e a filha.Fonte: Metrópoles