Após a repercussão de um vídeo em que pede para fiéis pararem de “ficar postando coisa de gente preta, de gay”, a pregadora Kakau Cordeiro publicou uma nota de retratação nas redes sociais voltada para apoiadores de causas políticas, raciais e LGBTQIA+.No texto, ela pediu desculpas pelos termos utilizados na palestra cuja fala foi retirada e afirma ter sido “infeliz nas palavras”. “Eu, na verdade, fui infeliz nas palavras escolhidas e quero afirmar que não possuo nenhum tipo de preconceito contra pessoas de outras raças, inclusive meu próprio pastor é negro, e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da minha, pois sou próxima de várias pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIA+”, ressaltou na nota.A pregação que causou polêmica aconteceu no último sábado (31) e foi divulgada no canal oficial do grupo jovem da Igreja Sara Nossa Terra, de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.Na nota de retratação, a pregadora declarou, entretanto, que não era a intenção dela praticar nenhum ato discriminatório, quando disse que “é um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí”. – Pastor cita ‘honra de Deus’ ao se desculpar por desejar morte de Paulo Gustavo Após denúncias, a Polícia Civil abriu inquérito para analisar o discurso de Kakau Cordeiro por meio da lei do racismo, que também enquadra atos de LBGTfobia. O delegado titular da 151ª DP, Henrique Pessoa, disse que há um “teor claramente racista e homofóbico, o que configura transgressão típica na forma do artigo 20 da Lei 7716/87”.Fonte: Hypeness