O Ministéio Público de Alagoas denunciou o pastor da Assembleia de Deus de Alagoas José Olímpio pela prática de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Em abril, publicou uma foto do ator Paulo Gustavo, internado com Covid-19 na época, e na legenda dizia “orar para que o dono dele o leve para junto de si”.
A publicação foi feita cerca de um mês antes da morte do comediante. Após pressão de instituições LGBTQIA+ e defensores dos direitos humanos do estado, a igreja afastou o pastor do cargo. Ele chegou a pedir desculpas, afirmando que seu objetivo era “tentar defender a honra de Deus”.
“Trata-se de fato que gerou comoção em todo país, pela gravidade inerente às publicações e sobrepujada pelo triste momento pandêmico vivido em todo mundo”, disse o promotor Lucas Sachsida em nota ao site Alagoas 24 Horas. “Em respeito ao decidido pelo STF na ADO 26/DF, incitar a discriminação é fato típico, também, na esfera penal e, por assim ser, deve ser levado ao judiciário para o devido processo legal.”
O caso, agora, segue para a Justiça alagoana. Caso o pastor seja condenado, poderá ficar preso de um a três anos, além de ter que pagar uma multa.
Fonte: Metrópoles