Soldada da Polícia Militar do Maranhão, Tatiane Alves foi presa ao se recusar a fazer hora extra no trabalho – ela priorizou amamentar o filho. Durante um evento no Centro Histórico de São Luís, em que trabalhou por seis horas sem pausa para alimentação, seu superior pediu que ela seguisse com o plantão, mesmo após o fim do turno.
Em entrevista ao G1, Tatiane contou que não sabia quanto tempo o evento iria durar, mas a exigência do comandante imediato era que ela se mantivesse a postos. “Eu já estava sem condições físicas de permanecer, eu já estava cansada e não tinha nenhum tipo de alimentação. Eu estava com meu filho pequeno, que precisava de amamentação”, declarou. – ‘Agosto Dourado’: mães se unem para livrar amamentação de machismo arcaico
A soldado relata que foi ameaçada com prisão por desobediência – algo que se concretizou por meio da ordem foi o tenente Mário Sérgio Oliveira Brito. A policial foi levada em uma viatura para o Comando Geral da Polícia Militar, em São Luís, onde ficou presa por 24 horas.
O marido de Tatiane, que estava esperando ela sair do trabalho, filmou a prisão. “Só fui solta com o alvará de soltura. E também me surpreendeu porque, junto com o alvará, veio um ofício solicitando a minha transferência do batalhão, infelizmente”, afirmou. -Kelly Key posta imagens de amamentação e sofre assédio sexual no Instagram Essa será a segunda transferência de Tatiane, que trabalhava na cidade de Imperatriz, no interior do Maranhão, e foi para São Luís depois de divulgar episódios de assédio sexual dentro da Polícia Militar. A Promotoria de Justiça Militar, que responde em casos de prisão, disse que abriu um inquérito para investigar o caso de Tatiane.
Fonte: Hypeness