Uma jovem de Edimburgo, na Escócia, descobriu um câncer de pele aos 20 anos, após dois anos de sessões regulares de bronzeamento artificial. Daniella Bolton, agora com 24 anos, ficou viciada no procedimento por acreditar que ele poderia aliviar sintomas de eczema.
A jovem costumava ter eczema, um problema de pele que provoca coceira e lesões, nos braços e nas pernas. Os cremes de uso tópico para aliviar os sintomas já não estavam funcionando para ela.
“Nada estava realmente funcionando e, quando davam certo, funcionavam apenas por um curto período de tempo e, em seguida, as feridas explodiam novamente e simplesmente não desapareciam”, disse em entrevista ao jornal Daily Mail.
Quando descobriu que a fototerapia com luz ultravioleta era usada para o tratamento deste tipo de problema, Daniella passou a fazer o bronzeamento artificial até três vezes por semana, com sessões de até 12 minutos.
O tratamento, no entanto, é indicado apenas em último caso e precisa ser realizado em ambiente hospitalar, com supervisão médica. A luz ultravioleta emitida no bronzeamento artificial pode ser mais forte até do que os raios solares do meio-dia, aumentando o risco de desenvolvimento do câncer de pele.
Câncer de pele
Daniella conta que viajava com a avó em 2017 quando descobriu uma pequena verruga nas costas enquanto experimentava roupas em uma loja. “Logo após meu 20º aniversário, esta verruga apareceu perto do topo das minhas costas, ao lado do meu ombro esquerdo. Era de uma cor castanha escura e estava um pouco saliente”, lembrou.
Uma biopsia revelou que a verruga era na verdade um melanoma. “Quando ouvi a palavra ‘melanoma’ fiquei muito angustiada e questionei toda a minha vida. Falei com a minha vó sobre isso e não parava de dizer a ela: ‘Vou morrer?’, ‘Vou ficar bem?’. Foi tão preocupante”, relatou ao Daily.
A jovem passou por uma cirurgia em julho de 2017 para remover o tecido cancerígeno e foi submetida a uma nova biopsia dos gânglios linfáticos para investigar se o câncer não havia se espalhado. “O melhor dia da minha vida foi quando recebi o resultado negativo. Eu comecei a chorar de felicidade porque foi um grande alívio”, afirmou.
Espreguiçadeiras nunca mais
Quatro anos depois de se livrar do câncer, Daniella se dedica a alertar as pessoas sobre os prejuízos que o bronzeamento artificial pode causar à pele. “Não vale o risco. As espreguiçadeiras agora são coisa do passado, não vou mais. Não quero passar por isso de novo, foi tão horrível. Agora, se eu quiser um bom bronzeado, usarei bronzeamento artificial. Usar espreguiçadeiras não vale o risco”, afirma.
Fonte: Metrópoles