O nome do professor Rafael de Andrade Cunha chegou aos trend topics do Twitter depois de ter chegado à final do quadro Quem Quer Ser Um Milionário?, do Domingão com Huck. Segundo pessoas próximas ao professor de redação, o tijucano de 41 anos, no entanto, já é milionário. Rafael, morador de Ipanema, é um dos sócios do Descomplica, ambiente virtual de aprendizagem on-line criado em março de 2011. Desde 2013, ele é o presidente do grupo, que tem mais de 300 mil estudantes matriculados — com mais de 3 milhões de acessos mensais.
Em fevereiro deste ano, a empresa anunciou ter recebido um aporte de R$ 450 milhões (cerca de US$ 84 milhões) em uma rodada liderada pelos fundos SoftBank (Gympass, Creditas) e Invus Opportunities, que já havia investido no Descomplica em 2018. No programa desse domingo (26/12), ele levou para casa mais R$ 500 mil.
O aporte, que é considerado o maior já feito em uma startup de educação na América Latina, vai permitir que a empresa invista em três frentes: na Faculdade Descomplica, no desenvolvimento tecnológico e na aquisição de outras empresas. Até, então, a startup tinha captado 32 milhões de dólares.
No começo, o Descomplica, lá em 2010, disponibilizava vídeos curtos, focados em estudantes que iam prestar vestibular. Com o sucesso, em 2012, a plataforma decidiu cobrar uma assinatura dos estudantes, em um modelo parecido com o da Netflix. De lá para cá, o negócio cresceu e hoje chega a cerca de 5 milhões de alunos mensalmente pela sua plataforma e nas redes sociais.
No ano passado, a empresa deixou de ser somente uma plataforma para ajudar os estudantes a passar no vestibular e se tornou também uma faculdade digital. Em agosto de 2020, com nota máxima no Ministério de Educação, o Descomplica abriu 1.200 vagas para quatro cursos: pedagogia, administração, contabilidade e gestão de pessoas.
A graduação é a menina dos olhos da empresa hoje e sua principal aposta para o futuro. Como os cursos tem duração longa, de pelo menos quatro anos, e a mensalidade pelo menos cinco vezes mais cara que a do cursinho, eles podem se tornar uma importante fonte de receita do negócio nos próximos anos.
Fonte: Metrópoles