Um estudo recente, publicado na revista Science Translational Medicine, mostra que o tratamento contra o câncer com o medicamento Keytruda, conhecido como pembrolizumab, pode reverter a latência do vírus HIV, ou seja, a capacidade dele “se esconder” dentro das células imunes humanas.
As terapias antirretrovirais disponíveis atualmente para o tratamento de infecções provocadas pelos retrovírus, especialmente o HIV, permitem que os pacientes levem uma vida normal, mas não removem completamente o vírus do corpo. Uma espécie de “reserva” permanece escondida nas células, fazendo com que os pacientes não sejam considerados completamente curados.
O achado científico ocorreu quando os cientistas analisaram amostras de sangue de 32 pessoas diagnosticadas com câncer e HIV antes e após o tratamento com o pembrolizumab no Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, nos Estados Unidos. Os mesmos pacientes também faziam tratamento com medicamentos antivirais para o HIV.
Os dados mostram que a terapia com o anticorpo monoclonal da Merck “é capaz de perturbar o reservatório de HIV” e que pode reverter a capacidade do vírus de “se esconder” nas células, segundo contou a professora Sharon Lewin, diretora do Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade de Melbourne, na Austrália. (Com informações da Agência Reuters)
Fonte: Metrópoles