Os cariocas amanheceram com uma das notícias mais tristes dos últimos anos. Uma forte chuva que atingiu a cidade de Petrópolis, localizada na região serrana do Rio de Janeiro, causou uma verdadeira tragédia e, além de muita destruição, a tempestade resultou na morte de dezenas de pessoas. Diante da triste situação vivida pela população, um jornalista da Rede Globo acabou sendo contagiado pela forte emoção.Em meio aos rastros de destruição deixados pela chuva, diversos repórteres trabalham no local para obter informações atualizadas sobre os transtornos e o número de vítimas fatais, que vem aumentando gradativamente conforme o trabalho do Corpo de Bombeiros vai evoluindo. Presenciando a dor de tanta gente, entre uma entrevista ou outra, se torna inevitável não se sentir triste e foi exatamente o que aconteceu um repórter da emissora carioca.Na manhã desta quarta-feira (16), durante a cobertura da tragédia, o jornalista Alexandre Henderson acompanhava a angústia de moradores que lamentavam a perda de suas casas e o pior, a perda de entes queridos, quando resolveu entrevistar uma senhora que passou por momentos de desespero durante a chuva que deixou grande parte a Cidade Imperial destruída.Antes de conversar com a entrevistada, o repórter da Globo mostrou o cenário e o descreveu como “de filme de terror”: “É um momento muito triste. Eu estou no Centro Histórico com a Dona Marieta Ramos, que teve o seu carro todo destruído com lama. É uma cena de terror, é o que a gente por toda a parte… Parece um filme de terror o que a gente está vendo aqui, mas infelizmente é um filme da vida real”.O jornalista contou que a senhora não estava em casa quando a tempestade começou, o que a fez presenciar muitas coisas: “Estava tudo alagado e eu fiquei ilhada. O meu carro ficou coberto de água até o teto. Foi uma cena de terror mesmo. Eu vi uma senhorinha caindo na água, que nessa altura ja estava batendo no meu joelho. Muito triste, eu nunca vi isso aqui em Petrópolis”.Embora estivesse tentando se manter calma, a entrevistada não conseguiu segurar a emoção e acabou indo às lágrima durante o seu depoimento: “A gente vê tantas vidas perdidas. Eu vi agora pouco na reportagem uma moça cavando para tentar achar a própria mãe… É muita tristeza, ninguém estava esperando. Não deu tempo de tirar nada, foi tudo muito de repente”, disse ela aos prantos.Por fim, o repórter Alexandre Henderson quebrou o protocolo e não pensou duas vezes antes de consolar a entrevistada: “Ela chegou aqui muito abalada e eu falei pra ela que, diante de tudo o que aconteceu ontem, o mais importante é que a senhora está viva… Olha, a minha solidariedade e que Deus abençoe você e todas as famílias. Eu presto aqui a minha solidariedade a todos aqui de Petrópolis”, concluiu ele com a voz embargada.Fonte: Em off