Em uma publicação feita nas redes sociais, Marília Cafe, de 32 anos, denunciou uma agressão por homofobia que ela e sua esposa sofreram na última terça-feira (29/3) em uma viagem feita por aplicativo. O caso aconteceu na cidade de Serra, município do Espírito Santo.
“Acabei de sofrer muitas agressões verbais numa viagem de Uber que durou 15min aproximadamente”, escreveu a jovem em um post que viralizou, alcançando mais de 49 mil curtidas.
“O motorista, com seu discurso de ódio, foi preconceituoso de muitas formas, dizendo que eu e minha esposa somos aberrações e não devíamos nem existir”, disse ela.
De acordo com Marília, o motorista disse que “na época dele tudo se resolvia na bala”, mencionou uma “doutrinação” LGBTQIA+ e aumentou o tom de voz quando ela e a esposa se posicionaram contra as falas do homem, alegando que o discurso dele as feria diretamente, pois são um casal de lésbicas.
Durante a sequência de violências e ofensas, Marília gravou parte das agressões verbais. No vídeo, é possível escutar o motorista dizer que “homem é homem e mulher é mulher”, deslegitimando a população transexual.
Uber se posiciona
Em nota, a Uber informou ao Metrópoles que “defende o respeito à diversidade e reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e justiça para todas as pessoas LGBTQIA+. A empresa considera inaceitável qualquer tipo de discriminação e a conta do motorista parceiro foi desativada assim que tomamos conhecimento do ocorrido”.
Além disso, afirmou que, em parceria com o MeToo, disponibiliza um canal de suporte psicológico que foi informado à usuária e segue disponível. A empresa disse estar à disposição para colaborar com as autoridades e compartilhar informações sobre os envolvidos, observada a legislação aplicável.
“Sabemos que o preconceito, infelizmente, permeia a nossa sociedade e que cabe a todos nós combatê-lo”, conclui o texto.
Fonte: Metrópoles