O canal de notícias, Jovem Pan News foi criticado por internautas nas redes sociais na noite desse sábado (26), após ter se referido a cantora Pabllo Vittar pelo pronome masculino. Durante edição do “Jornal Jovem Pan”, o canal de notícias de São Paulo repercutia a recente ação do PL, partido de Bolsonaro, no TSE contra o Lollapalooza, após recente manifestação política da cantora Pabllo Vittar.O Âncora do jornalístico, William Travassos ao dialogar com o comentarista político Marco Antonio Costa, se referiu a Pabllo pelo pronome masculino ao noticiar a informação: “Bom vamos lá, Marco Antonio, Pabllo Vittar com banner do Lula no meio do evento, até que ponto os organizadores do Lolapalooza podem ser responsabilizados pelo ato do cantor?”, questionou.O comentarista político também usou em seu discurso, por algumas vezes, alguns pronomes masculinos ao se referir a drag queen como “o Pabllo”, “do Pabllo”. Vale lembrar que Pabllo Vittar já declarou em entrevistas não ter neuras em relação ao uso de pronomes, mas que gosta de ser chamada pelo pronome feminino quando está montada de drag queen.Até mesmo a legenda que aparecia durante o período em que era noticiado a polêmica com Pabllo Vittar, se referiu a artista como “cantor”: “Cantor Pabllo Vittar exalta Lula em suposta propaganda irregular”, dizia o GC da Jovem Pan News. Nas redes sociais, internautas se revoltaram e acusaram a emissora de homofobia:“Dois nojentos espumando preconceito”, esbravejou uma internauta em seu perfil no Twitter. “Um show de homofobia!”, declarou outro. “Já começou, ela vai ser mais atacada do que em 2018 onde era uma das únicas que se posicionava”, apontou outro internauta. “Pois continue ovacionando Lula em todo show, Pabllo!! Os imbecis que lutem”, escreveu outra internauta.Partido de Bolsonaro aciona Justiça contra Lollapalooza por causa de Pabllo Vittar
O PL, partido do presidente da República Jair Bolsonaro, entrou com uma ação nesse sábado (26), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra o Lollapalooza, para que seja impedido manifestações políticas como a de Pabllo Vittar, no festival musical, que acontece nesse final de semana no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.No documento enviado a corte, foram compiladas uma série de matérias jornalísticas e postagem nas redes sociais, que repercutiam o protesto da cantora Pabllo Vittar, em show realizado no festival nessa sexta-feira (25), contra o chefe do Executivo. A artista também correu abraçada a uma bandeira com a imagem do ex-presidente, Luíz Inácio Lula da Silva, que é pré candidato a Presidência da República pelo PT.Em trecho do documento obtido com exclusividade pela CNN, os advogados do Partido Liberal (PL) argumentaram que as manifestações políticas ocorridas nos shows ferem a legislação: “A manifestação política realizada em evento de responsabilidade da representada fere inúmeros dispositivos legais, conforme restará demonstrado, razão pela qual se faz imperiosa a intervenção desta Especializada”, diz trecho do texto enviado ao TSE.E prossegue, sugerindo que a organização do festival musical proíba qualquer protesto político de artistas durante a realização do evento musical: “De imediato a organização do evento Lollapalooza, para que impeça a realização de qualquer tipo de propaganda eleitoral irregular antecipada ou negativa em favor ou desfavor de qualquer candidato, sob pena de multa por descumprimento, apuração do crime, e sem prejuízo de que a Justiça Eleitoral, em poder de polícia, impeça a continuação do evento”.Ainda segundo informações da CNN, ministros que compõem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e foram ouvidos de forma reservada pelo canal de notícias de São Paulo, afirmaram que o pedido deve ser negado. Segundo a corte, não se pode impedir artistas de se manifestarem politicamente porque isso fere o direito a liberdade de expressão.Fonte: Em off