A gerente financeira Priscila Gomes Luiz estava em sua casa na Praia do Guaraú, em Peruíbe, litoral sul de São Paulo, quando encontrou uma Bothrops jararaca, ou seja, uma cobra jararaca, no quintal de sua casa. Se a história já não fosse assustadora o suficiente, a gerente financeira mostrou extrema calma ao lidar com o animal e até surpreendeu um biólogo com sua paciência para tratar esse inconveniente que poderia ser fatal.Ao observar a cobra – que é extremamente peçonhenta -, ela se movimentou para tentar identificar se de fato era uma víbora. O animal se assustou e acabou indo para a direção da lavanderia. Priscila ligou para a Secretaria de Meio Ambiente de Peruíbe e o biólogo Thiago Malpighi chegou em alguns minutos para auxiliá-la.Antes de chegar, Malpighi orientou Priscila para que ela mantivesse contato visual com o animal para evitar surpresas e mantivesse outras pessoas – em especial crianças – longe do ambiente onde a cobra estava. Cerca de 20 minutos depois ele estava lá para resgatar a jararaca, que era um filhote de pouco mais de 30 centímetros de comprimento. “Ela já imaginava que era uma jararaca, e ainda assim, de maneira admirável, estava bastante calma. Normalmente, ficam agitadas nesses momentos”, disse o biólogo em entrevista ao G1.O biólogo afirmou que nos últimos sete meses cinco jararacas foram resgatadas na região do litoral sul paulista. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 90% dos quadros de mordidas de serpentes que ocorrem no Brasil envolvem a jararaca, que é peçonhenta. Thiago ressaltou que é importante não matar o animal e garantir que a cobra seja resgatada por profissionais, sempre. “As pessoas, em vez de matar, devem manter uma distância segura e entrar em contato com profissionais e pessoas habilitadas para ajudarem em situações como essa”, conclui.Fonte: Hypeness