O humorista Rafinha Bastos usou suas redes sociais nessa quinta-feira (17), para sair em defesa do amigo Fábio Porchat após recente polêmica envolvendo o comunicador. Desde o último domingo (13), o apresentador foi envolvido em um imbróglio, após ter viralizado uma cena de um filme de 2017, em que interpretava um vilão pedófilo. No longa, o personagem interpretado por Porchat abusa sexualmente de um adolescente. Nas redes sociais, internautas condenaram as cenas, apontando uma possível apologia a pedofilia.Em seu perfil no Twitter, Rafinha Bastos fez questão de defender o amigo, pedindo para que cancelem também outros “vilões” emblemáticos da TV brasileira. “Cancelamos o @FabioPorchat por causa de um personagem num filme. Nada mais justo. Agora vamos atrás da Adriana Esteves (Carminha), Glória Pires (Raquel), Dan Stulbach (Mulheres Apaixonadas) e do Anthony Hopkins (Silêncio dos Inocentes)!!! Vamos pra cima, pessoal!!!”, debochou o comediante em seu perfil no microblog.Nos comentários da publicação, internautas repercutiram: “Rafinha, você está comparando as cenas da Carminha com a pedofilia do filme? Tem certeza disso, você parece que não viu a cena absurda do filme…ou tá se fazendo, só pode”, opinou um seguidor. “Você vive falando que as coisas mudam, o tempo muda e você mesmo disse que mudou, que hoje pensa diferente de ontem. Ontem, tudo isso era “aceitável”, hoje não mais. Aceita que dói menos”, escreveu outro.Demonstrando não se incomodar com os ataques nas redes sociais, Rafinha Bastos voltou a se pronunciar sobre o assunto em seu perfil no Twitter: “Se os caras soubessem como eu c#go pra quem me xinga, não iam perder tempo digitando ofensa. Achei necessário dizer isso pra evitar que as pessoas desperdicem preciosos minutos de suas vidas. Quero um povo produtivo. Quero um Brasil maior”, escreveu Rafinha Bastos no Twitter.Em recente entrevista ao jornalista Leo Dias, do Metrópoles, Porchat se pronunciou sobre a polêmica: “Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”, começou dizendo o apresentador.E continuou relembrando vilões que marcaram a dramaturgia e o cinema brasileiro: “O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim”, rememorou Porchat.Fábio Porchat destacou logo em seguida, que interpretar personagens polêmicos ou vilões não significa fazer apologia aquilo que é interpretado: “Quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade”, considerou.“Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”, finalizou o humorista.Fonte: Em off