

A faixa etária de zero a 5 anos é a única que ainda não tem imunizantes contra Covid-19 aprovados. Assim como ocorreu para os outros grupos etários, a vacinação das crianças até 5 anos só deve começar depois que as farmacêuticas terminem os testes sobre segurança e eficácia de suas fórmulas.
Até que as vacinas sejam liberadas para o grupo, pais e responsáveis devem tomar precauções para evitar que seus filhos sejam infectados pelo coronavírus.
O infectologista pediátrico da Maternidade Brasilia/Dasa, Felipe Teixeira, explica que as crianças continuam com risco menor para internações e mortes provocadas pela Covid-19. No entanto, como é o único grupo ainda não vacinado, elas podem formam o que os cientistas chamam de bolsões – um grupo mais suscetível à infecção.
Veja como protegê-las:
Vacinação dos familiares
As crianças mais novas acabam tendo maior dificuldade para usar a máscara corretamente ou respeitar o distanciamento social, medidas importantes para reduzir o risco de transmissão e infecção de vírus. Neste sentido, os pais, demais familiares e pessoas que convivem com crianças ajudam a protegê-las quando se vacinam.
“Se queremos proteger os menores de 5 anos, temos que estar com a família toda vacinada para evitar que os adultos, os adolescentes e as crianças maiores transmitam a doença para elas”, afirma o infectologista.
Restrições
Embora o uso da máscara não seja mais obrigatório na maioria dos locais, o médico pondera que os adultos que vivem com crianças de até 5 anos sejam cautelosos em espaços com aglomerações para não levar o vírus para dentro de casa.
“A gente tem que usar máscara, seguir as medidas de higiene das mãos, evitar ter contato com a criança em caso de sintomas comuns de resfriados, como coriza e tosse. São medidas básicas de prevenção que temos falado durante toda a pandemia porque, se melhorarmos o ambiente ao redor delas, reduzimos o risco de transmissão”, explica Teixeira.
A orientação é válida não apenas para a Covid, mas para todas as doenças respiratórias como gripe, vírus sincicial respiratório e bronquiolite – um quadro que pode levar as crianças desta faixa etária à internação –, por exemplo.
Cuidados na escola
As escolas devem melhorar a ventilação das salas de aula e dar preferência para realizar atividades em espaços abertos. Além disso, os pais devem ser conscientizados sobre a importância de avisar a escola sobre a identificação de qualquer sintoma que possa ser Covid e afastar imediatamente o caso suspeito do convívio das outras crianças.
“É muito importante que os pais tenham essa responsabilidade de saber identificar os sintomas gripais para fazer o isolamento social. Em caso de suspeita, a criança não pode ser levada à escola, creche, parquinho e/ou áreas de convívio comum até que ela melhore”, enfatiza o infectologista.
Fonte: Metrópoles