Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., o jornalista Marcos Uchôa falou sobre sua saída da emissora e as demissões dos veteranos, os chamados “Medalhões”.Em um papo esclarecedor, Marcos Uchôa um dos maiores jornalistas da TV que já participou de oito copas do Mundo, dez olimpíadas, cobriu guerras e política e ainda fala sete idiomas, tem sua identidade profissional totalmente atrelada a Rede Globo, no entanto em novembro passado decidiu pedir demissão após 34 anos de serviços prestados.Ao falar das demissões da Rede Globo, Uchôa esclarece: “Acho que a Globo está sofrendo, como muitos meios de comunicação, com a saída do dinheiro das mídias tradicionais e a entrada desse dinheiro na internet. É uma realidade que anos atrás não existia. Essa diminuição de dinheiro acarreta em prejuízos e necessidades de adequar os gastos. Nesse aspecto, cortando as pessoas que são mais velhas e estão há mais tempo lá, de fato, é uma economia de gastos mais rápida”.Sobre seu pedido de demissão, o jornalista explica: “Não concordo com a nova prática da emissora de diminuir os custos de operação. Gosto de ir aos lugares, fazer as reportagens in loco. Mas, foi difícil largar o salário que eu tinha. Era um salário muito bom, confortável”.Em relação as outras demissões e saída de nomes consagrados da emissora, o jornalista declara: “Eu pedi para sair. Eu não tinha mais contrato. Foi uma das coisas que o Bolsonaro fez… antes, pessoas que tinham um salário melhor na Globo ganhavam como pessoa jurídica. No primeiro ano de governo, ele já foi em cima em termos trabalhistas, dizendo que isso não podia ser assim, e todo mundo passou a voltar a ser funcionário. Até o Galvão, até o Faustão”.Ainda na entrevista, Uchôa diz que não concorda com esse método. “Eu não faria assim e acho até um erro. A identidade de um meio de comunicação é muito a identidade das pessoas que você está acostumado a ver. Você me via lá e dizia: ‘Marcos Uchôa da Globo’. Você tinha uma certa identidade, que é abalada quando a pessoa sai”.Marcos Uchôa pretende ingressar na vida política e continuará fazendo falta na TV.Fonte: Em off