O recado carinhoso que a filha do entregador Bruno Mahler Schneberger deixou para ele, em 2020, comoveu as redes sociais. A mensagem, anexada à bolsa de entregas, dizia: “Motorista, cuidado com o meu papai. Eu amo ele mil milhões. Ass: Lagartixa”. A cena gerou grande repercussão e, pouco tempo depois, o iFood promoveu uma propaganda inspirada na história.Na campanha publicitária da empresa, um cartaz nas costas de um motoboy levava desenhos de estrelas e corações, com uma frase escrita em caligrafia infantil: “Cuidado com meu papai, motorista!”. Acreditando ser vítima de plágio, o motociclista recorreu à Justiça e alegou violação de direitos autorais. Ele pediu R$ 100 mil por danos morais.Segundo informações do Uol, Schneberger alegou que “o iFood não obteve nenhuma autorização para reprodução do desenho. A empresa se beneficiou de toda a história, sem ao menos reconhecer a verdadeira autoria [da ideia], sem dar o devido crédito pela criação e divulgação da imagem”.À Justiça, a defesa da empresa argumentou que não houve plágio, visto que os termos usados na publicidade são de uso comum. Também defendeu que a atitude de divulgar mensagens no fundo das mochilas é bastante usual entre os entregadores associados à rede.Decisão judicialEm decisão publicada no Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador Ademir Modesto de Souza, relator do processo, considerou que não houve violação dos direitos autorais, visto que a ilustração da criança “não foi objeto de reprodução”.“Apesar de a campanha publicitária criada ter se inspirado no desenho da garota, esse desenho não possui a originalidade necessária para ser considerado como uma criação artística”.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Fonte: Metrópoles