Durante uma reportagem sobre o programa Prato Feito Carioca do Andaraí, da Prefeitura do Rio de Janeiro, na terça-feira (21/6), uma idosa chorou ao relatar a falta de alimento em sua casa. As falas emocionaram a repórter e viralizaram nas redes sociais.
A repórter Lívia Torres, do RJ1, da TV Globo, falava sobre o programa e chamou Dona Janete para conversar sobre isso. Lívia então perguntou para a idosa quantas pessoas na casa dela tinham para comer. Foi aí que Dona Janete se emocionou ao falar da morte da filha, dois anos antes e do marido, há seis meses.
Visivelmente emocionada, Lívia voltou a falar dizendo que tocou em um ponto muito difícil para a idosa e pediu desculpas para ela.
Dona Janete, voltou a falar na sequência e respondeu à pergunta sobre a falta de comida em casa. “Domingo a gente não tinha nada para comer. Eu estou desempregada, está muito difícil. Eu estou catando latinha, mas não dá. Eu não tenho ajuda de muita gente, então domingo a gente não tinha mesmo nada. Está muito difícil.”
A fala deixou ambas, repórter e entrevistada, emocionadas. Com a voz embargada, Lívia deu uma declaração antes de voltar a palavra para o estúdio. “Agradeço gentilmente a sua participação. Não esperava que isso acontecesse aqui. É gente que tá passando fome, gente que tá necessitando de comida, e projetos sociais, projetos como esse [Prato Feito] da prefeitura são muito importante para que essas pessoas possam comer. A gente está em 2022 e as pessoas precisam e têm direito de comer”, complementou.
Após a repercussão, Lívia comentou novamente sobre o caso, dessa vez nas redes sociais. “Dona Janete foi um soco no meu estômago. Dói saber quanta gente tá na mesma situação, sem dignidade. Ela não tem dinheiro para comer e também não tem um celular. Aos que pediram contato, estamos tentando falar com a neta, que (ainda bem!) tá na escola”, contou ela.
Nesta quarta-feira (22/6), a repórter se encontrou novamente com Dona Janete e, como estava recebendo muitas mensagens pedindo o contato da idosa para poder ajudá-la, compartilhou.
Fonte: Correio Braziliense