O espólio do cantor Cristiano Araújo, que morreu em junho de 2015, vítima de um grave acidente de carro, entrou com um pedido junto ao Ministério Público para que seja autorizada a venda das quotas do cantor na empresa W Goiânia Bar LTDA. Antes de falecer, o sertanejo adquiriu 8%, referentes a oito mil quotas da empresa.No ano em que o artista morreu, a W Goiânia Bar LTDA. obteve resultados positivos e que renderam uma distribuição de lucros aos seus sócios, incluindo quotas que passaram a integrar o espólio. Entretanto, nos dois anos seguintes (2016 e 2017), a empresa passou a dar prejuízos, o que fez com que tivesse que fechar suas portas, deixando dívidas e uma série de ações trabalhistas já ajuizadas, que geraram um risco de condenação financeira para a empresa estimado entre R$ 400 mil e R$ 700 mil.O espólio, que é representado pela inventariante Elisa Barbosa Leite, bem como os demais sócios, entenderam ser melhor sair da sociedade para que não corressem o risco de serem responsabilizados pelas dívidas, que já existiam e poderiam decorrer das ações trabalhistas ajuizadas.Para piorar, existem, ainda, impostos que pendem do recolhimento junto à Prefeitura de Goiânia. Foi feita, então, uma negociação entre o espólio de Cristiano Araújo e a WD PARTICIPAÇÃO E ADMINISTRADORA DE BENS LTDA. As partes acordaram que o Espólio sairia da empresa, mas ainda receberia o valor nominal das cotas que eram do artista, no valor de R$ 8 mil, se isentando de qualquer responsabilidade que, por ventura, pudesse recair sobre a empresa.Outro ponto que levou o espólio a querer vender as cotas de Cristiano Araújo está no farto de que seus herdeiros são menores de idade e não possuem a menor condição de continuar na sociedade, visto que a empresa já possui dívidas que somam uma alta quantia de dinheiro e a expectativa de melhora é quase impossível, a não ser que haja altos investimentos financeiros na mesma. Além disso, o espólio aponta que os responsáveis pela W Goiânia Bar LTDA. teriam ocultado todo o seu patrimônio, principalmente o sócio José Roberto Ferreira.Quem também possui cotas na empresa e as colocou à venda foi o cantor Marrone, da dupla Bruno e Marrone. O sertanejo, inclusive, tem sofrido muitos prejuízos financeiros por conta das dívidas da empresa. Ocorre que, em virtude da morte de Cristiano Araújo, não foi possível averbar a alienação das cotas no contrato social. Logo, Marrone continuou vinculado à empresa e por isso vem sofrendo com medidas judiciais aplicadas para quitação dos débitos.O interesse de Marrone no processo é que seja feita a modificação do quadro societário da empresa, o que está sendo impedido em virtude do falecimento de Cristiano. Apenas com essa modificação será possível alterar o quadro, o que permitirá que Marrone se desvincule de uma vez por todas das obrigações da empresa.Fonte: Em off