O corpo de uma mulher identificada como Sheila Seleoane, 61 anos, foi encontrado no apartamento onde ela morava, em Londres, na Inglaterra, após três anos da morte da mulher.Segundo o jornal The Guardian, Sheila não tinha familiares próximos e nem amigos. Ela sequer foi procurada após parar de pagar o aluguel. O corpo da mulher, inclusive, só foi encontrado após a polícia bater na porta do apartamento para falar sobre danos na varanda do imóvel, causados por uma tempestade, e não obter resposta da moradora. Momento em que forçaram a entrada.Ainda de acordo com apuração do jornal britânico, vizinhos repetidamente reclamaram do cheiro vindo do imóvel, a associação habitacional que age como gestora do imóvel, no entanto, ignorou a questão.Ao The Guardian, moradores do condomínio alegaram a presença de moscas e larvas vindas do apartamento, em agosto de 2019. No ano seguinte, porém, foi o forte odor que saia do imóvel que passou a ser a causa das queixas de vizinhos de Sheila.A Peabody, responsável pela gestão do prédio, informou que, por diversas vezes, tentou contatar a mulher entre agosto de 2019 e fevereiro de 2022. Entretanto, segundo a empresa, as tentativas foram feitas através do envio de e-mails, mensagens de texto, carta ou ligação telefônica. Para confirmar as alegações, a associação habitacional enviou registros do trabalho como evidência ao jornal.Em nota, assinado por Ian McDermott, CEO da Peabody, e publicado pelo Guardian, a empresa afirma está “devastada” com o que aconteceu. “Sentimos muito por nossa parte nisso e pedimos desculpas a Sheila, sua família e a todos que vivem em Lord’s Court. Ao agir neste caso, não fizemos a pergunta mais fundamental: Sheila está bem?”A situação, descoberta em fevereiro deste ano, mas que teve detalhes divulgados somente essa semana, gerou grande repercussão no Reino Unido, tanto em relação ao trabalho da Peabody quanto às falhas das autoridades locais.Ainda segundo o The Guardian, o inquérito do caso revela que a Peabody chegou a solicitar que a polícia verificasse se a mulher estava viva, em outubro de 2020. Contudo, por um erro de processo, as autoridades informaram que Sheila estava “segura e bem”.Fonte: Metrópoles