A pandemia alterou nosso “calendário” de viroses por completo, bem como a forma como nosso organismo reage e se comporta diante de outras viroses e doenças sazonais. A conclusão é apontada por reportagem da BBC, partindo de diversas pesquisas analisando os efeitos colaterais da Covid-19 não somente sobre nossa saúde, mas também, a partir dos comportamentos que a pandemia exigiu, como o uso de máscaras e o isolamento social, sobre outras doenças.Como aponta a reportagem, o mundo todo percebeu que, na primeira fase da pandemia, a permanência em casa e em isolamento, bem como o uso de máscaras, fez com que doenças como a gripe comum simplesmente desaparecesse em 2020 e até meados de 2021, assim como o VSR, responsável pela bronquiolite em crianças pequenas, e o rinovírus. Curiosamente, porém, quando esses vírus começaram a reaparecer, vieram fora da época usual, e com força especial.As doenças típicas do inverno começaram a surgir no verão de 2021, até mesmo em adultos e, com a chegada dos meses frios de inverno, as viroses apareceram em maior quantidade e intensidade, como acontece atualmente – incluindo a própria alta de casos de Covid-19, especialmente entre crianças. A queda nos casos de gripe em 2020 teria causado também um “déficit de imunidade”, que provocou não somente as altas seguintes, como o se somou aos efeitos da própria Sars-Cov-2, agravando outras doenças.Vale lembrar, porém, que quem mudou fomos nós, e não os vírus. Assim, o impacto e as transformações causadas pela pandemia podem nos ensinar novas lições sobre o que fazer agora para amenizar possíveis quadros futuros. Manter a vacinação em dia, e não somente contra a Covid-19, é o primeiro passo, para proteger crianças e adultos contra patógenos que já possuem imunizantes eficazes disponíveis.O segundo é perceber que comportamentos de segurança, como o uso de máscaras e o isolamento ocasional, quando estamos doentes, podem evitar o alastramento ou o agravamento de doenças comuns. Usar máscaras e ficar em casa quando gripados, por exemplo, deveria se tornar hábito recorrente depois da experiência da pandemia, a fim de evitar novos quadros semelhantes. A reportagem da BBC assinada por Paula Adamo Idoeta pode ser lida aqui.Fonte: Em off