Capa da nova edição da revista JP, Vitória Strada falou de diversos aspectos de sua vida pessoal para a publicação, inclusive que está se permitindo mais. Na entrevista, ela ainda recordou de um abuso que sofreu na adolescência.“Um homem sentou ao meu lado no ônibus e ficou passando a mão nas minhas pernas. Eu tinha 16 anos, usava a farda do colégio. Fiquei congelada, não tive forças para gritar. Cheguei em casa e não quis contar para os meus pais por vergonha, como se eu tivesse alguma culpa por aquilo ter acontecido. A sensação de fragilidade, de estar sendo invadida, a vulnerabilidade… Lembro daquele momento em flashes. Dizem que isso acontece porque a mente bloqueia nossos traumas de alguma forma”, desabafa.Estudante de um colégio militar em Porto Alegre e trabalhando como modelo desde os 12, Vitória não viveu a adolescência loucamente. Agora, aos 25 anos, quer ter novas histórias para contar. “Sempre me senti no caminho contrário ao das meninas da minha idade. Enquanto minhas amigas de infância já ficaram bêbadas na balada, fizeram um monte de loucuras e hoje têm histórias divertidas para contar, eu não tenho. Sinto que agora preciso ter uma adolescência que não vivi. Quero me permitir ser mais doida, falar meio sem pensar… Fazer as coisas mais por prazer do que por dever”, disse à revista.Ela relata que sessões de análise fizeram florescer esse desejo. “Outro dia, bebi uns golinhos de gim e fiquei completamente de pileque. Meus amigos riam da minha cara. Eu explicava que era ordem da terapeuta”, destaca.Campeã da “Dança dos famosos” deste ano, Vitória celebrou a vitória no palco acompanhada dos pais e da noiva, Marcella Rica, com quem está há três anos. Ao receber o prêmio, ela deu um beijão na companheira, fato que repercutiu na internet.“Fiquei feliz com as mensagens carinhosas que recebi, de gente que se emocionou. Mas também fiquei puta! Pessoas falando que fui ousada e corajosa, como se tivesse me arriscado por beijar minha mulher no momento em que estava ganhando um prêmio que eu queria tanto”, enfatiza.Ela conta que não lhe falta carinho e aceitação na sua família. “Sei que sou privilegiada por ter uma família que me apoia, uma sogra que me ama. Mas sou exceção. Um monte de gente ainda vive os horrores do preconceito só por amar alguém”, declara.Fonte: Em off