A origem do coco é um tanto misteriosa. Não se sabe exatamente onde surgiu, mas a hipótese mais aceita e difundida é de que seja um fruto originário do sudeste asiático. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, ainda não havia coqueiros no país. Acredita-se que tenha sido introduzido à flora brasileira em 1553, pelos colonizadores.Desde então, tanto a fruta em si quanto a água de coco caíram no gosto do povo e passaram a ser amplamente consumidos. E a popularidade da água de coco é tanta que passamos a tomá-la não apenas direto do coco, mas também de caixinha, com maior facilidade e praticidade. Então, surge uma dúvida compartilhada por muitos: como a água de coco chega na caixinha? Onde o coco é plantado? Será que é água de coco de verdade? Fomos para Petrolina, no interior de Pernambuco, acompanhar todo o processo de produção da água de coco na fazenda de Kero Coco, marca da PepsiCo Brasil. Agora podemos atestar com toda certeza: o líquido que tomamos na caixinha vem do coco mesmo.
100 milhões de coco por ano!
Tudo começa com o plantio do coco. A matéria-prima para a água de coco que tomamos em casa é o coco-verde. No calor do sertão nordestino, em Petrolina, despontam os coqueiros que compõem a plantação. Além da produção presente na fazenda de Kero Coco, a PepsiCo também conta com uma parceria com produtores locais, de quem adquire o coco-verde plantado. A produção da Kero Coco é 100% brasileira. Isso significa que o produto finalizado conta com o coco plantado na fazenda e por produtores locais parceiros da região. A partir da quantidade de cocos colhidos por pessoa diariamente são produzidos cerca de 3.500 litros de água de coco. Anualmente, a PepsiCo adquire mais ou menos 100 milhões de unidades de coco verde, que se tornam aproximadamente 33 milhões de litros de água de coco.Cacau plantado às sombras do coqueiro
É isso mesmo. Certos de que encontraríamos uma plantação exclusivamente de cocos, descobrimos plantar de cacau também. A fazenda de Kero Coco é um centro de pesquisas e experimentos voltados para desenvolver novas tecnologias de plantio e tornar todo o processo ainda mais sustentável. Para isso, a PepsiCo implantou o Programa de Agricultura Sustentável e conta com as práticas de Agricultura Positiva, pilar da estratégia PepsiCo Positive, que coloca a sustentabilidade no centro do negócio. Uma das iniciativas é o plantio em consórcio do coco e do cacau. Planta de origem amazônica, o cacau precisa de sombra para se desenvolver. Pensando nisso, a PepsiCo iniciou, em Petrolina, o projeto piloto de plantio do cacau em conjunto com o coco. Assim, aproveita-se a sombra criada pelos coqueiros para que o cacau também possa amadurecer. Essa estratégia é altamente sustentável, pois evita a monocultura e permite o fortalecimento do solo, além de otimizar o uso da água, como explica Ricardo Galvão, diretor de agronegócio da PepsiCo: “com a iniciativa, deixamos de ter a monocultura em nossa fazenda de demonstração de plantação de coco-verde em Petrolina e passamos a ter um plantio diversificado de modo experimental. O cultivo de cacau exige um sombreamento que os coqueiros já oferecem, então o consórcio dessas duas culturas nos possibilita ganhos em sustentabilidade; com a otimização do uso da terra, da água e dos insumos agrícolas melhorando a vida e estrutura do solo”.Futebol americano?
A forma como o coco é colhido é um tanto quanto inusitada. O cacho do coco é retirado do coqueiro com um instrumento cortante e antes do coco bater no chão, um colchão é colocado embaixo, de forma extremamente sincronizada, para que o amortecimento seja perfeito e não comprometa a integridade do coco. Os funcionários utilizam equipamentos desenvolvidos para jogadores de futebol americano, garantindo assim total proteção.Um hotel só para abelhas
Como parte das iniciativas de melhoria tecnológica e aumento da sustentabilidade, a fazenda Kero Coco também apresenta um hotel de abelhas. Sim, um hotel de abelhas.Trata-se de uma estrutura, no formato de favo de mel, pensada para que as abelhas possam instalar-se e estabelecer seus nichos. Isso permite que abelhas de espécies diversas possam sobreviver. Como polinizadoras, elas são essenciais para o plantio e favorecem o crescimento e maturação do coco. A iniciativa, denominada Bee PepsiCo favorece toda a América Latina e, como informa Ricardo Tinoco, Gerente de Agronegócio da PepsiCo Brasil: “O hotel de abelhas ajuda a aumentar a biodiversidade e a preservar as espécies para polinização de matas nativas. É o começo de um estudo para entendermos a importância delas [abelhas] no plantio do coco-verde e na região como um todo”.Ufa! É impressionante a quantidade de processos, tecnologia e desenvolvimento envolvidos no plantio do coco-verde. Tudo isso para que a água de coco possa chegar da forma mais segura e sustentável possível até o consumidor. Camila Pagamisse, Diretora de Marketing da PepsiCo Brasil Alimentos, reforça a importância de se conhecer o caminho que o coco percorre: “Mostrar toda essa cadeia sustentável que a gente tem é importante para o consumidor saber a origem desse coco, 100% natural. O consumidor está muito antenado nisso hoje em dia.”. Em seguida, Camila nos convidou para conhecer as próximas etapas da produção.A fantástica “fábrica de coco”
Fomos até a fábrica da PepsiCo, também em Petrolina, onde trabalham mais de 220 colaboradoras e colaboradores. Após o plantio e extração do coco, a matéria-prima será transformada. O coco-verde será utilizado para de fato produzir a água de coco. Ou seja, a água de coco será envasada. Mas antes, os cocos passam por uma higienização. Após esse processo, acontece a extração da água. O coco não é jogado fora: cerca de 90 mil toneladas de resíduos são trituradas por ano e retornam para as fazendas como adubo. Depois vem a distribuição, para encaixotar e separar todo o produto. O processo de envasamento da Kero Coco apresenta embalagens em três tamanhos: 220 ml, 330 ml e 1L.Equidade de gênero
Na linha de produção e em todo o seu negócio, a PepsiCo se preocupa com a diversidade. Sendo assim, em duas linhas na fábrica, há 50% homens e 50% mulheres desempenhando as mesmas funções na cadeia produtiva, no envasamento e no Centro de Distribuição, que leva as caixinhas até os pontos de venda. Foi o que nos contou Jeane Cardozo, Coordenadora de Qualidade da fábrica da PepsiCo em Petrolina: “A linha de 330 ml é operada 50% por mulheres. Então, desde a produção interna, a distribuição e até a parte de carregamento, as operadoras são mulheres”.Teste de qualidade: participamos!
No entanto, antes de chegar à casa do consumidor, a água de coco precisa passar por um teste rigoroso de qualidade. Todo o líquido que sai da fábrica é testado previamente. A PepsiCo acompanha todas as etapas do processo com muita atenção.Na última etapa dos testes de qualidade, são reunidos os chamados painelistas sensoriais. Trata-se de um grupo formado por vinte e cinco pessoas, que bebem a água de coco produzida para verificar se o produto está dentro dos padrões esperados para que possa chegar ao público, como informa Andressa Gomes Amorim, Técnica de Qualidade da Fábrica de Kero Coco. É claro que nós não perderíamos a oportunidade de participar, não é? Bebemos a água de coco recém-produzida na fábrica Kero Coco e podemos dizer com propriedade: maravilhoso. Um produto finalizado com atenção, sustentabilidade e diversidade.Fonte: Hypeness