Veja que história linda escolhemos para celebrar o Dia Mundial do Coração, celebrado nesta quinta-feira (29 de setembro). A cicatriz no peito do bebê Owen Monroe é um lembrete para seus pais e para todos de que é preciso ter fé na ciência. O pequeno ainda não entende, claro, mas é a primeira pessoa do mundo a receber com sucesso um transplante parcial de coração, com artérias e válvulas vivas doadas para ele. O recém-nascido chegou ao mundo com insuficiência cardíaca e agora pode celebrar uma nova chance de viver plenamente. Oewn nasceu com uma condição chamada truncus arteriosus, na qual suas duas principais artérias do coração foram fundidas. Os médicos dizem que ele não sobreviveria à espera de um transplante de coração completo. Seus pais residem em Leland, nos EUA, e viajaram para o Duke Hospital para o procedimento.Primeiro transplante parcial de coração é realizado em recém-nascido com sucesso“Estando na área da saúde, eu sabia que essa poderia ser a última vez que veria meu filho, mas esperava que não fosse o caso”, disse Monroe ao WTVD da ABC11. “Foi uma loucura. Não sabíamos o que esperar, mas, naquele momento, não tínhamos outras opções.” Leia também: Caso de bebê que recebeu coração transplantado de doador com parada cardíaca é inédito Em um procedimento de oito horas, os médicos do Hospital Duke fundiram as artérias e válvulas vivas do coração doado ao órgão de Owen. A criança tinha apenas 17 dias e 2 quilos no momento da cirurgia. “Você pode imaginar o tamanho de suas artérias: menor do que o seu dedo mindinho. Precisávamos descobrir como colocar válvulas que crescem com ele”, disse o médico Joseph Turek, que liderou a equipe cirúrgica. Assim que o procedimento terminou, o time comemorou o sucesso com uma máquina de fazer bolhas de sabão nos corredores do hospital. “Esta técnica inovadora não se trata apenas de algo que pode prolongar a vida das crianças, mas faz uso de um coração doado que, de outra forma, não seria transplantável”, disse Michael Carboni, professor associado ao Departamento de Pediatria da Duke University School of Medicine e cardiologista especializado em transplantes pediátricos.Owen logo depois de nascer | Arquivo Pessoal“As válvulas neste procedimento vêm de um coração de doador que tinha tecido muscular muito fraco para torná-lo viável para transplante completo, mas tinha válvulas fortes que eram adequadas às necessidades de Owen”. disse Carboni. “Isso amplifica as maneiras pelas quais podemos usar o incrível presente da doação de órgãos para salvar mais vidas.” Sabia disso? Já no 1º mês sem carne vermelha as chances de ataque cardíaco caem muito Especialistas da Duke esperam que uma abordagem semelhante possa ser usada para tratar substituições comuns de válvulas em crianças, fazendo uma cirurgia única para implantar tecido recém-doado que possa crescer gradativamente com a criança. Owen tem agora 5 meses, é um bebê feliz que gosta de rir, brincar, ficar de bruços e se olhar no espelho. Seus pais dizem que ele é a prova de que, mesmo em uma idade tão jovem, ser um guerreiro do coração é possível. “Por mais angustiante que tenha sido essa experiência para nossa família, sabíamos desde o início que Owen estava nas melhores mãos”, disse Nick Monroe, pai do bebê. “Nossa maior esperança é que a história de sucesso de Owen mude a forma como a doação e os transplantes de órgãos são vistos, não apenas para bebês com doenças cardíacas congênitas, mas para todos os pacientes”.Fonte: Hypeness