O diretor Clayton Braga, da escola CCI, em Samambaia (DF), produziu uma folha de recomendação de votos em candidatos bolsonaristas para distribuir para funcionários e professores da instituição de ensino. A escola foi alvo de um registro de ocorrência na Polícia Civil, por ter levado crianças, sem autorização dos pais, para encontrar Jair Bolsonaro e gravar um vídeo, que foi divulgado, também sem permissão dos responsáveis, nas redes sociais de políticos aliados do presidente.
Na folha de recomendações elaborada por Braga, o diretor lista candidatos que “defendem a educação, a liberdade, a prosperidade, a família, a pátria e Deus”. Entre os nomes estão Damares Alves, eleita senadora pelo DF, e Bolsonaro.
Braga também explica, na folha de sugestões, porque está recomendando determinados candidatos. Diz pedir voto em alguns porque são moradores de Samambaia, outros porque seriam “cristãos e defensores da pátria, família e liberdade”.
Procurado pela coluna, Braga disse que não distribuiu suas recomendações políticas para funcionários e professores, apenas deixou “disponível em sua mesa”. O diretor afirmou que montou a lista porque as pessoas lhe pediam sugestões de candidatos.
“Eu, pessoa física, não tem nada a ver com a escola, disponibilizei na minha mesa sugestões de candidatos para quem quisesse pegar. As pessoas não estudam os candidatos, por isso eu deixo uma folha em cima da minha mesa. Eu não vejo problema nenhum nisso”, disse.
Braga também não viu problema algum em levar as crianças para encontrar Bolsonaro sem autorização dos pais. O diretor disse à coluna que foi um encontro “casual” com o presidente e considera que o vídeo, usado como campanha para Bolsonaro nas redes sociais, se enquadraria como “liberdade artística”.
Fonte: Metrópoles