Apesar de ser um dos nomes mais conhecidos do jornalismo de seu país, a comunicadora Lisa LaFlamme foi recentemente demitida do canal Bell Media após assumir seus cabelos grisalhos. O presidente da emissora, Mirko Bibic, negou que os cabelos brancos tenham sido o motivo, e afirmou que o desligamento da jornalista se deu como parte de um reajuste no quadro de funcionários. A decisão, porém, vem sendo alvo de criticas intensas na mídia pela motivação considerada ultrapassada, etarista e sexista por trás do desligamento.LaFlamme, que tem 58 anos e trabalhava na emissora há 35 anos, afirmou, em vídeo postado em seu Twitter, que estava “chocada e triste” pelo fim de seu contrato, que havia lhe “pegado de surpresa”. A jornalista decidiu parar de pintar os fios durante a pandemia, e manteve o visual natural e grisalho na condução do programa CTV National News, um dos programa de notícias mais assistidos do país, no qual ela até então trabalhava como âncora.Apesar da emissora ter negado a alegação de que a demissão teria ocorrido por conta dos cabelos brancos da apresentadora, jornais locais revelaram que recentemente um executivo da Bell Media teria questionado sobre quem havia aprovado a decisão de permitir que o cabelo da jornalista permanecesse grisalho. No comunicado, LaFlamme afirmou que é “esmagadora” a sensação de deixar o programa “contra sua vontade”. A imprensa internacional vem acusando a abissal diferença entre o tratamento oferecido à jornalista e, por exemplo, atores homens que são celebrados por assumirem os cabelos grisalhos.Enquanto as acusações de etarismo e sexismo são apontadas na mídia canadense, a vice-presidente sênior da emissora, Karine Moses, afirmou que, por ser mulher, jamais demitiria outra mulher por tal motivo: nem a emissora nem a jornalista revelaram a justificativa apresentada pela Bell Media para efetuar a demissão. “Eu gostaria de dizer mais sobre a decisão, mas estamos sob um acordo de separação mútua negociado com Lisa, que nós iremos honrar”, afirmou Bibic, em declaração publicada no Linkedin.Fonte: Hypeness