Para uma cidade ser considerada “smart”, ou inteligente, ela precisa oferecer melhores serviços à sua população através do uso de diferentes tecnologias que gerenciem recursos, ativos e dados em benefício dessas melhorias. Assim, segundo o Ranking Connected Smart Cities, desenvolvido pela Urban Systems em parceria com a Necta, São Paulo é a cidade mais inteligente do Brasil, a partir de 75 indicadores medidos em eixos como urbanismo, economia, educação, empreendedorismo, energia, governança, mobilidade, segurança, meio ambiente, tecnologia, inovação.O estudo foi realizado para determinar as cidades com maior potencial de desenvolvimento através do uso de tecnologia em indicadores que registram inteligência, conexão e sustentabilidade. A pontuação máxima que uma cidade podia receber era de 70 pontos, e o ranking acaba mapeando também a desigualdade do País, já que, entre as 100 cidades mais “inteligentes”, 56 estão no Sudeste, 21 na região Sul, 12 no Nordeste, 8 no Centro-oeste e somente 3 na região Norte. As 10 primeiras colocações no ranking estão na lista abaixo.São Paulo (SP): 37,584
Florianópolis (SC): 37,385
Curitiba (PR): 37,375
Brasília (DF): 37,314
Vitória (ES): 37,182
São Caetano do Sul (SP): 36,942
Rio de Janeiro (RJ): 36,907
Campinas (SP): 36,389
Niterói (RJ): 36,309
Salvador (BA): 36,187O tamanho também se revelou fator determinante, já que apenas 9 cidades do Top 100 são consideradas pequenas, com menos de 100 mil habitantes. Dentro do ranking, 58 cidades possuem população entre 100 mil e 500 mil habitantes, com duas delas, Vitória (ES) e São Caetano do Sul (SP), entre as 10 mais, e 33 apresentam população superior a 500 mil habitantes. O potencial de melhora das cidades brasileiras é evidenciado pelo fato das mais bem colocadas estarem somente pouco acima da metade da pontuação possível.O ranking foi pontuado a partir da consideração de três diferentes pesos em cada categoria. Para indicadores considerados de serviços, como bilhete eletrônico em transporte público, semáforos inteligentes, monitoramento de área de risco, iluminação inteligente, agendamento de consulta na rede pública de saúde e controle, operações e matrícula escolar na rede pública online, entre outros, o peso foi de 0,5.Em indicadores que apontam questões abrangentes, ligadas majoritariamente às legislações, como lei sobre zoneamento e ocupação do solo, lei de plano diretor estratégico municipal, cadastro imobiliário informatizado, georreferenciado e disponibilizado ao cidadão, atendimento ao cidadão por aplicativo, entre outras, o peso foi de 0,8. Por fim, indicadores numéricos, como escala, crescimento e percentual, tiveram peso 1,0.A proximidade na pontuação das cidades mais bem colocadas e a avaliação mediana da maioria se dá pela dificuldade de um município se destacar em eixos diversos. A cidade de São Paulo, por exemplo, está em primeiro no ranking por um bom desempenho em categorias como mobilidade, tecnologia, inovação e empreendedorismo, mas não se encontra sequer entre as 100 melhores em um medidor importante como educação. Em sua 8ª edição, em 2022 o Ranking Connected Smart Cities mapeou 680 municípios com mais de 50 mil habitantes.Fonte: Hypeness