

Você sabia que um tumor pode ter unhas e dentes? É raro, mas um tipo de câncer conhecido como teratoma pode desenvolver o problema bizarro. O tumor é formado a partir de células germinativas que dão origem aos óvulos e espermatozoides. Por ser constituído de células-tronco totipotentes, que são capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido, o tumor pode apresentar unhas, dentes, fios de cabelo e até dedos.
Ele é considerado um tumor congênito, ou seja, é gerado antes do nascimento do paciente. O teratoma costuma aparecer nos ovários e testículos e, na maior parte dos casos, se manifesta apenas quando o paciente atinge a idade adulta. Geralmente, o tumor não se espalha pelo corpo e é considerado benigno, bastando uma cirurgia para remoção.
Causas e tipos
Um estudo de caso conduzido por médicos brasileiros indica que as causas do teratoma são difíceis de serem rastreadas. Mesmo que apareça primeiramente nas gônadas (ovários e testículos), o tumor pode acometer outras regiões do corpo.
O teratoma é classificado em três tipos. O primeiro, conhecido como maduro ou cisto dermoide, corresponde a 95% dos casos e é benigno. O segundo, considerado maligno, acomete cerca de 0,5% a 2% das pessoas com o tumor. O terceiro, também raro, é um teratoma altamente específico e é composto por um único tipo de tecido, como o da tireoide.
Sintomas
A taxa de crescimento do teratoma é lenta, de apenas dois milímetros por ano. Por isso, na maioria das vezes, ele é diagnosticado antes que sua presença desencadeie qualquer sintoma no paciente. Porém, quanto maior o tumor fica, maiores os riscos de complicações, como torção do ovário ou ruptura do cisto. Confira os principais sinais causados pelo teratoma:
Dores abdominais;
Sangramento uterino anormal;
Massa palpável na região pélvica;
Distúrbios gastrointestinais e na bexiga;
Dor nas costas.
Diagnóstico
O teratoma é descoberto por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia. No entanto, casos um pouco mais difíceis de serem diagnosticados demandam tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Depois de ser identificado pelo exame, é feita uma biópsia para determinar se o tumor é maligno ou benigno.
O tratamento é feito por remoção cirúrgica do tumor. Quando o teratoma é maligno e em um grau mais agressivo, é indicado que o paciente passe por quimioterapia.
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Fonte: Metrópoles