Nesta segunda-feira (7/11), Roberto Justus dividiu com seus seguidores um diagnóstico de câncer na bexiga. Um tumor maligno foi identificado precocemente em exames anuais de rotina, ele foi submetido a uma cirurgia para a retirada e passará por sessões de quimioterapia. A coluna LeoDias conversou com um especialista no assunto, que explicou como funciona o diagnóstico, detalhou os passos seguintes e também falou de prevenção.De acordo com o Prof. Dr. Carlos Machado, clínico geral e nefrologista, o câncer na bexiga é identificado através da cistoscopia, exame que visualiza pequenas lesões, manchas ou pólipos. “É um exame onde se introduz uma sonda com câmera pela uretra e se visualiza a bexiga, podendo retirar pequenas lesões. O calibre deste tubo é como uma caneta esferográfica e, normalmente, se faz com anestesia, sedação ou raqui anestesia, ou seja, o paciente não sente nada”, explica.
Segundo o especialista, a cistoscopia deve ser feita quando existe algum sinal ou sintoma urinário. “Por isso a consulta médica preventiva com um bom clínico geral, três vezes ao ano. Fica muito mais fácil perceber pequenos problemas se iniciando e, quandolw não é sempre com o mesmo médico, normalmente não se percebem estas alterações”, alerta.Pequenos sangramentos invisíveis ou visíveis, esporádicos ou algum sintoma urinário, desconforto no baixo ventre, “o pé da barriga”, estão entre os sintomas.“O risco de câncer de bexiga aumenta muito nos fumantes e também com o uso excessivo de alimentos industrializados pelo grande consumo de produtos químicos, mas o cigarro ganha de todos”, explica Machado, que destaca que o diagnóstico é mais recorrente na população acima dos 50 anos. “Em especial em quem usou cigarro de qualquer tipo, inclusive a maconha”, segue.Roberto Justus disse que, apesar de ter retirado o tumor, ainda vai precisar de quimioterapia. Machado explica: “O tumor precisa ser ressecado e precisa investigar se há alguma metástase ou suspeita, assim a quimioterapia e a cirurgia muitas vezes é necessária. A ressecção simples é o que resolve a lesão, mas muitas vezes já existe disseminação para os gânglios regionais ou para outros órgãos, fígado por exemplo”.A retirada da lesão é o primeiro passo do tratamento, seguida de uma análise em microscópio pelo anátomo-patológico, que vai definir o tipo e a agressividade do tumor. Na sequência, é feita uma investigação para saber se há comprometimento de outros órgãos para definir os passos seguintes, como cirurgia maior ou quimioterapia.“FUJA dos vícios, em especial do fumo, de qualquer tipo, tenha o seu médico da família, aquele bom e confiável clínico geral, que atua de modo integral, acompanhando sua saúde a cada quatro meses, pois nosso organismo muda muito a cada três meses, assim como as estações do ano mudam a cada três meses. Com este médico lhe acompanhando durante sua vida, ele irá poder orientar para prevenir cerca de 80% de todas as doenças que acontecem no mundo e poderá detectar precocemente problemas inevitáveis em nossa vida”, acrescenta Machado.Fique por dentro!
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