O estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology conclui que mulheres com alto nível de estresse relacionado à crise sanitária apresentaram duas vezes mais chances de sofrer mudanças no ciclo menstrual quando comparadas àquelas com baixo estresse.Leia também: Efeito colateral: Isolamento na pandemia fez mais mulheres quererem congelar óvulos A pesquisa contou com a participação de 354 mulheres cis norte-americanas, entre 18 e 45 anos, de diversas raças e regiões, e que não estavam tomando anticoncepcionais. Desse total, 10,5% afirmaram ter passado por alto estresse durante a pandemia. Essas mulheres foram as que mais relataram mudanças na duração do ciclo menstrual, fluxo e aumento de manchas. Houve ainda tendência de fluxo menstrual mais intenso no grupo de alto estresse.Segundo Martina Anto-Ocrah, professora na Escola de Medicina de Pittsburgh, o ciclo menstrual é indicador do bem-estar geral das mulheres. “A interrupção do ciclo menstrual e os hormônios flutuantes podem afetar a fertilidade, a saúde mental e as doenças cardiovasculares, entre outros resultados”, afirma a pesquisadora, que espera que esse estudo inspire mais pesquisas relacionadas ao tema. Viu isso: Bebês do ‘lockdown’: Mais lentos para se comunicar, mais rápidos para engatinhar, diz estudoFonte: Hypeness