O último Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, divulgado nessa terça-feira (22/11), afirma que as vacinas bivalentes da Pfizer e Moderna contra a Covid-19 oferecem maior proteção contra as subvariantes da Ômicron em comparação com a fórmula original.O estudo norte-americano de “mundo real” foi feito com dados de 360.626 pessoas e avaliou a resposta imunológica gerada entre indivíduos que receberam até quatro doses da versão anterior do imunizante. Nessa modalidade de pesquisa, são analisados pacientes durante sua rotina normal, sem o ambiente controlado de uma pesquisa clínica.Os resultados são compatíveis com os obtidos em testes clínicos realizados pelas farmacêuticas, onde foram observadas respostas de anticorpos mais altas contra as subvariantes BA.4 e B.5, ambas em alta circulação.Uso no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, também nessa terça, o uso emergencial de duas versões de vacinas bivalentes da Pfizer no país: a Comirnaty Bivalente BA.1 e Comirnaty Bivalente BA.4/BA.5. O objetivo é ampliar a proteção dos imunizantes, abrangendo as subvariantes da Ômicron.Após a decisão da Anvisa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que as primeiras doses das vacinas atualizadas contra a variante Ômicron chegarão em breve ao Brasil. A pasta deve apresentar o novo cronograma de entrega do imunizante nas próximas semanas.“Em breve, teremos o cronograma de envio dos lotes. As vacinas são efetivas contra as formas graves da doença e óbitos”, disse o ministro nesta quarta-feira (23/11).Estudo do CDC
Entre as pessoas que participaram da pesquisa do CDC, 28.874 (24%) relataram não terem sido vacinadas, 87.013 (72%) receberam duas, três ou quatro doses do imunizante original, mas nenhuma dose de reforço bivalente, e 5,8 mil (5%) receberam uma dose da nova vacina.A resposta imunológica foi melhor entre os adultos com idades entre 18 e 49 anos em comparação aos mais velhos. Em geral, ela também se mostrou mais potente quando foi administrada com um intervalo superior a oito meses desde a última dose de vacina monovalente.Quando aplicada entre dois e três meses após o último reforço, a eficácia para pessoas com idades entre 18 e 49 anos é de 30%. Após oito meses, a proteção sobe para 56%. Para indivíduos com idade superior a 65 anos, a eficácia foi de 28% e 43%, respectivamente.O órgão norte-americano pediu que todas as pessoas mantenham-se atualizadas com as vacinas contra Covid-19 recomendadas, incluindo doses de reforço bivalentes, se tiverem passado mais de dois meses desde a última dose de vacina monovalente.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.Fonte: Metrópoles