
Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, também auxilia no aumento da energia, melhora o humor e o sonoNão é novidade que as bactérias presentes no intestino humano são fundamentais para o equilíbrio do organismo. Pesquisadores da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos, acrescentaram mais um benefício para a lista: a microbiota intestinal pode influenciar na motivação para a prática de atividades físicas.De acordo com os pesquisadores, algumas bactérias intestinais aumentam a liberação de dopamina durante os exercícios físicos, auxiliando na motivação individual. Os resultados do estudo foram publicados na Revista Nature, na última quarta-feira (14/12).Bactérias intestinais
Para a realização do estudo, os cientistas reuniram 200 camundongos. Os ratos foram induzidos a correr, girar em uma roda e caminhar em uma esteira e apresentaram uma ampla gama de diferenças no desempenho.Como os cientistas não encontraram nenhuma ligação entre os genes e a performance física, eles passaram a buscar outras possíveis causas. Foram avaliados o metaboloma – que é o conjunto de metabólitos gerados pelo organismo -, o metabolismo e as bactérias intestinais.O metaboloma e o metabolismo dos ratos não apresentaram distinções capazes de justificar a diferença de desempenho. Já o microbioma, sim.Para analisar o papel do microbioma intestinal no desempenho, os cientistas usaram uma estratégia radical. Alguns ratos receberam um coquetel de antibióticos, que os levou a eliminar parte da flora intestinal.Os pesquisadores observaram que, após a medicação, o desempenho dos camundongos caiu até 50%, comparado ao desempenho anterior e à performance dos ratos não medicados.Microbioma e dopamina
A hipótese dos cientistas é que exista uma espécie de via que conecta o microbioma intestinal a uma área do cérebro fundamental para a motivação.De acordo com eles, o microbioma intestinal produziria metabólitos identificados por neurônios presentes no intestino. Ativados durante o exercício físico, esses neurônios transmitiriam um sinal para o cérebro capaz de elevar os níveis de dopamina no corpo. A dopamina é o neurotransmissor mais importante na motivação para o exercício físico.Os resultados da pesquisa foram considerados animadores pelos cientistas. No entanto, mais estudos são necessários para comprovar a existência dessa via entre o intestino e cérebro. Caso confirmado, os pesquisadores acreditam que será possível desenvolver intervenções terapêuticas para aquelas pessoas que nunca se animam a levantar do sofá.Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.Fonte: Metrópoles





