

O jejum intermitente é uma das dietas mais populares da atualidade. Mas um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, aponta que apostar em pelo menos três refeições diárias é necessário para viver mais.A pesquisa foi publicada na revista Journal of Academy of Nutrition and Diabetics neste ano e envolveu 24 mil norte-americanos a partir de 40 anos. Dos participantes, cerca de 13 mil comiam apenas uma ou duas refeições diariamente.Os cientistas realizaram entrevistas anuais por telefone e aplicaram questionários online. Os voluntários responderam sobre seus hábitos alimentares e de atividade física, quantas vezes comiam por dia e intervalo entre as refeições.As perguntas foram aplicadas entre 1999 e 2014 e as respostas foram comparadas com os laudos médicos dos participantes. No total, foram contabilizadas 4.175 mortes até o final do estudo, sendo que 878 foram causadas por problemas cardíacos.Risco de doença cardíaca
Em comparação com os participantes que fazem três refeições por dia, comer apenas uma vez foi associado a um aumento de 30% no risco de mortalidade por todas as causas, e de 83% no risco de morte por doenças cardíacas.Os participantes que pulam o café da manhã tiveram um risco 40% maior de morte por condições cardíacas (como infarto) em comparação com aqueles que comem a refeição. No caso de quem não almoça ou janta, o aumento da chance de morte por qualquer motivo foi de até 16%.Enquanto isso, pessoas que comiam três refeições por dia, mas com intervalo de menos de quatro horas e meia entre elas, apresentaram risco 17% maior de mortalidade por todas as causas, quando comparados a quem espaçava o horário alimentar em cinco horas ou mais.Estilo de vida não interfere
Fatores como prática regular de exercícios físicos e baixo consumo de álcool não influenciaram na redução do risco de morte dos voluntários que adotavam o jejum intermitente.“Em um tempo no qual o jejum intermitente é considerado uma solução para a perda de peso, saúde metabólica e prevenção de doenças, nosso estudo é importante para muitos norte-americanos que comem menos de três refeições diárias”, afirma o cientista Yangbo Sun, que conduziu o estudo.O co-autor da pesquisa, Wei Bao, acrescenta que as conclusões são baseadas em observações retiradas de perguntas e não significam uma relação de causa-efeito. Mesmo assim, ele afirma que os resultados fazem sentido no metabólico.A ciência já mostrou que quando o paciente come em horários certos e em quantidades controladas, o metabolismo funciona melhor do que quando o corpo é privado de comida.Os pesquisadores acreditam que o estudo contribui para produzir mais evidências relacionando os hábitos alimentares com a longevidade. Eles pretendem prosseguir com mais análises sobre o tema.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.Fonte: Metrópoles